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Para o controle adequado de doenças da melancia, a Embrapa Hortaliças disponibiliza informações para a identificação correta dos principais males causados por fungos, bactérias, nematóides e vírus que afetam a cultura.
A antracnose, por exemplo, é causada pelo fungo Colletotrichum orbiculare (=Sin. C. lagenarium). Aparece inicialmente nas folhas, onde provoca manchas amarelas transparentes, que depois escurecem. Quando o ataque é severo, as folham ficam com o aspecto de queimadas. Nos frutos, as lesões são pequenas (até 1 cm de diâmetro) e deprimidas, normalmente cobertas por uma camada de esporos de coloração rosada. A doença é favorecida por temperatura e umidade altas.
Já a mancha-bacteriana é uma doença causada pela bactéria Acidovorax avenae subsp. citrulli, transmitida pela semente, que pode causar grandes perdas sob clima quente e úmido. Embora possa atacar as folhas, os sintomas mais característicos ocorrem nos frutos, onde provoca mancha encharcada na casca, que evolui para o interior do fruto, apodrecendo-o. A casca acima do tecido infectado fica ressecada e rendilhada.
Saindo das doenças fúngicas e bacterianas, os nematóides do gênero Meloidogyne são os mais destrutivos para a melancia. O ataque, por exemplo, da doença das galhas em raízes apresenta sintomas de diminuição no crescimento, deficiência de nutrientes, clorose nas folhas, murcha nas horas mais quentes do dia e produção de poucos frutos ou de frutos de pequeno tamanho. O sintoma característico do ataque por estes nematóides são percebidos nas raízes, as quais apresentam engrossamento irregular e galhas. Esta doença é favorecida por temperaturas altas e solos arenosos, com boa drenagem.
Quanto às viroses, existem pelo menos seis delas já relatadas infectando naturalmente plantios de melancia no país. A mancha anelar do mamoeiro, estirpe melancia, é uma delas. A doença é causada pelo Papaya ringspot virus – type watermelon – PRSV-w. Este vírus pode ser limitante à produção de melancia, principalmente, quando a infecção das plantas ocorre nos estádios iniciais de desenvolvimento. Plantas infectadas com PRSV-w exibem uma diversidade de sintomas como mosaico e malformação de folhas, além de ‘embolhamento’ e estreitamento da lâmina foliar, que fica reduzida às nervuras principais. Plantas afetadas pela doença apresentam também severo enfezamento. A doença é transmitida por afídeos, de maneira não persistente. O PRSV-w pertence à família Potyviridae, gênero Potyvirus. O vírus não é transmitido por sementes.
Para ler mais e conhecer outras doenças e ver as medidas de controle, a Embrapa Hortaliças produziu um documento técnico, que encontra-se disponível.
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