Redação 01/09/2009

Embora não relacionados entre os principais ectoparasitas, os piolhos podem comprometer a saúde e o bem-estar dos animais, afetando também a produção. As infestações podem acarretar prejuízos, seja pela ação irritante, seja pela anemia.
 
Estudo da Embrapa Pecuária Sul, relaciona dois tipos desses insetos como problemas: o piolho mastigador, Damalinia bovis, e o piolho sugador, Linognathus vituli.
 
O primeiro encontra-se na superfície cutânea, especialmente do pescoço, cernelha e base da cauda. São vistos normalmente movimentando-se sobre o corpo dos bovinos. Já o Linognathus vituli aparece com maior frequência nas áreas protegidas da pele: parte lateral do pescoço, focinho, peito, dorso, cabeça e entre os membros.
 
Conforme a Embrapa Pecuária Sul, a ocorrência desses ectoparasitas restringe-se basicamente aos meses de inverno no Rio Grande do Sul, declinando consideravelmente a partir do início da primavera.
 
Para o controle do piolho mastigador (Damalinia bovis), recomenda-se no momento do banho dos animais para controle carrapaticida com piretróide um tratamento adicional à base de organofosforado mais piretróide "pour-on" e endectocida "pour-on". Isso se deve ao fato de que os piretróides não são piolhicidas por excelência.
 
Da mesma forma, naquelas propriedades que utilizam o Amitraz, o controle dos piolhos ocorrerá simultâneamente por ocasião dos banhos carrapaticidas. Os produtos à base de Amitraz têm ação nos piolhos sugador e mastigador.
 
Além disso, os endectocidas injetáveis são altamente eficazes no controle do piolho sugador e auxiliam no controle do piolho mastigador. Já com relação aos endectocidas "pour-on", esses são eficazes no controle do D. bovis e L. vituli.