dia de campo

a
Esqueceu a senha?
Quero me cadastrar
     24/04/2024            
 
 
    



Muitos agricultores e técnicos buscam definir “pacotes tecnológicos” para adubação do milho, os quais, uma vez estabelecidos, não mais precisariam de ajustes ao longo do tempo. No entanto, não é possível indicar um modelo de manejo da adubação que possa ser considerado padrão ou ideal para a cultura, sobretudo considerando a competitividade do setor e as inconstâncias do mercado de grãos e do custo de fertilizantes.

A melhor estratégia deve atender às prioridades de intervenção conforme o histórico da lavoura, de forma conectada à capacidade de investimento e à expectativa de produtividade, visando proporcionar maior eficiência agronômica e mais rentabilidade ao agricultor. Tal estratégia só pode ser definida quando se dispõem de informações detalhadas sobre o ambiente de produção, as particularidades de cada talhão e as opções de fertilizantes disponíveis. Ou seja, o melhor manejo da adubação depende do conhecimento mais detalhado do sistema de produção adotado em cada propriedade.

Não importa se estamos falando de grandes empreendimentos de produção agrícola ou de pequenas lavouras da agricultura familiar. Em todos os casos, eventualmente por meio de procedimentos diferentes, é preciso buscar subsídios para um diagnóstico consistente, pré-requisito para uma tomada de decisão sensata e que represente maior garantia de retorno da cultura.

Os responsáveis pela assistência técnica, pública ou privada, precisam entender que existem numerosas possibilidades de se cultivar milho, incluindo variadas combinações com outras culturas, envolvendo menor ou maior investimento em tecnologia de sementes, fertilizantes, defensivos e máquinas agrícolas.

"É preciso buscar
 subsídios para
 um diagnóstico
 consistente"


 Álvaro Vilela de Resende

Assim, por exemplo, tem-se desde a realidade da chamada “agricultura de baixo insumo”, com manejo mais rudimentar e mínimo investimento em sementes melhoradas (ex: uso de variedades tradicionais) e fertilizantes, até a “agricultura de ponta”, a qual caracteriza-se pelo uso intensivo de tecnologia e pelo elevado custo de produção, associados à aquisição de sementes híbridas de última geração e de insumos diversos para obtenção dos maiores tetos de produtividade. Em qualquer caso, é conveniente identificar um ponto de equilíbrio entre investimento e retorno em produtividade física e econômica.

O manejo da fertilidade do solo merece especial atenção, visto que, na maioria das vezes, os gastos com corretivos e fertilizantes representam uma parcela muito expressiva do custo das lavouras. Ao mesmo tempo, a construção da fertilidade do solo é uma das práticas de manejo que promovem maiores ganhos de produtividade do milho em todas as regiões produtoras do Brasil, devido à baixa fertilidade natural dos nossos solos.

Tendo em vista a ampla diversidade de sistemas de produção de milho atualmente utilizados, o primeiro passo para acertar o manejo da adubação é identificar as prioridades de intervenção conforme as características da propriedade agrícola. Algumas iniciativas podem ser desastrosas, como:

- Aplicar calcário e fertilizantes sem dimensionar suas quantidades com base na análise do solo.

- Investir em adubação com fertilizantes NPK (alto custo) sem antes corrigir a acidez do solo com calcário (baixo custo e fundamental para o melhor aproveitamento dos fertilizantes).

- Investir em híbridos mais modernos sem o correspondente esforço para fornecer nutrientes de acordo com a análise de solo e com recomendações de adubação para maiores patamares de produtividade.

- Aplicar fertilizantes em quantidades exageradas, esperando que os ganhos de produtividade aumentem continuamente.

Via de regra, em lavouras menos tecnificadas e com produtividade abaixo de 5t/ha de grãos, a melhor estratégia de manejo para melhoria do sistema de produção envolve o uso da análise de solo para identificação das limitações de fertilidade e a priorização do investimento de recursos financeiros na seguinte ordem: calagem > P > N > K > S > Zn. Ou seja, de acordo com a análise do solo, o agricultor deve inicialmente corrigir a acidez utilizando calcário. Em seguida, aumentar a disponibilidade de fósforo (P), nutriente cuja deficiência é generalizada nos solos brasileiros. Na sequência, maiores ganhos de produtividade do milho são obtidos ao se fornecer nitrogênio (N), potássio (K), enxofre (S) e, finalmente, o micronutriente zinco (Zn). Obviamente, se qualquer um desses nutrientes estiver em deficiência extrema numa determinada lavoura, este passa a representar a prioridade na adubação. Daí, a importância de se utilizar a análise de solo.

"Inovações tecno-
 lógicas em adu-
 bação devem 
 ser buscadas"


 Flávia Cristina dos Santos

Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
Ainda não existem comentários para esta matéria.
Para comentar
esta matéria
clique aqui
sem comentários

Conteúdos Relacionados à: Adubação
Palavras-chave

 
11/03/2019
Expodireto Cotrijal 2019
Não-Me-Toque - RS
08/04/2019
Tecnoshow Comigo 2019
Rio Verde - GO
09/04/2019
Simpósio Nacional da Agricultura Digital
Piracicaba - SP
29/04/2019
Agrishow 2019
Ribeirão Preto - SP
14/05/2019
AgroBrasília - Feira Internacional dos Cerrados
Brasília - DF
15/05/2019
Expocafé 2019
Três Pontas - MG
16/07/2019
Minas Láctea 2019
Juiz de Fora


 
 
Palavra-chave
Busca Avançada