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A Epagri está tocando um projeto pioneiro em Santa Catarina: a plantação de oliveiras para a produção de azeitonas e azeite de oliva no Estado. O Projeto Oliveira, coordenado por Dorli Mario Da Croce, teve início em 2005 e, em 2008, já conseguiu a primeira extração de óleo extra virgem e algumas cultivares em conserva.
— A intenção de criação deste projeto não é nova, mas a concretização dele veio de uma solicitação do próprio governador do Estado. Nós temos 18 unidades em andamento e estamos tendo alguns resultados muito bons. Como 100% dos produtos da oliveira são importados a nossa previsão em relação ao mercado interno é positiva.
A expectativa econômica também é boa. Além do mercado brasileiro só consumir produtos importados, o custo de produção das oliveiras é muito baixo. Dorli explica que, por ser um cultivo de plantas rústicas, não é necessário nenhum manejo especial, nem preocupação com controle de pragas, o que torna o processo barato.
— Ela não necessita de muitos cuidados, é muito fácil de ser manuseada, até mais fácil que os citros. Não sofre de muitas doenças, apenas duas pragas de fácil controle. Mas é uma cultura nova, então temos que ter cuidados para não frustrar expectativas. Quem vai plantar deve se informar bem — alerta Dorli.
O projeto deu certo e uma máquina foi comprada da Itália para extrair o óleo das oliveiras. Agora, começa a fase de industrialização. Ainda não se sabe ao certo o índice de produtividade porque os resultados ainda são muito irregulares e variam de pé para pé. Outro fator que atrapalhou o cultivo este ano foi a situação climática de Santa Catarina. O Estado sofreu muito com as geadas, o excesso de precipitação e a chuva de granizo que chegou a arrancar árvores de oliveira do solo.
— Observamos que elas estão tendo boa produção e uma perspectiva muito boa para o Estado de Santa Catarina e será mais uma opção de cultura para a pequena propriedade, na agricultura familiar. Temos plantações com áreas de 10 quilos e 12 quilos por planta, densidade de 400 árvores por hectare com uma média de 16 toneladas por hectare, mas ainda não é uma média estável, porque há muita oscilação de pé para pé — pontua Dorli.
As áreas do Estado que apresentaram melhor resultado foram a Região do Meio Oeste até o Extremo Oeste de Santa Catarina. No litoral, a produção não foi satisfatória.
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