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A produtividade média dos produtores de mandioca do São Francisco sergipano é muito baixa, entre 10 e 15 toneladas por hectare. No entanto, existem variedades disponíveis com potencial produtivo acima de 50 toneladas por hectare, chegando a até 70 toneladas. A grande diferença que existe entre o potencial das variedades e a média produtiva que os agricultores conseguem é consequência da falta de cuidado com o manejo adequado. Além de usar cultivares produtivas, é preciso prestar atenção para a idade da semente, escolher a área adequada, preparar o solo de forma correta e, principalmente, fazer a adubação de acordo com a análise de solo.
As principais variedades de mandioca que se adaptam bem ao Baixo São Francisco são as tapioqueiras, que passam os 70 mil quilos por hectare, a Verdinha, a Capiria, Jarina, Porte Branco, Mestiça, Tianguá e a Quiriri, que é a única variedade no Brasil que tolera a podridão de raízes. Para alcançar a melhor produtividade, os agricultores também devem respeitar a época de plantio adequada. Segundo o pesquisador Helio Wilson Lemos de Carvalho, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, o ideal é plantar em maio para que a mandioca chegue no verão com porte mais alto, com seis meses de idade. Se a o plantio for realizado no final do inverno, no mês de agosto, a variedade vai passar por um período muito grande de seca no início, vai chegar ao verão muito pequena e, como consequência, terá a produtividade reduzida.
— Por que na pesquisa a produção atinge níveis tão elevados e o agricultor fica na faixa de 10 a 15 mil quilos por hectare? Existe uma distância grande entre o que a pesquisa consegue desenvolver e o que o produtor está atingindo. Isso se deve principalmente a pequenas mudanças no sistema de produção do produtor. Ele precisa pensar no tamanho da arte a ser plantada, a idade da semente, preparo do solo, escolha de área adequada e fazer adubação de acordo com a análise de solo. Estas pequenas modificações elevam bastante a produtividade. O produtor deve colocar o maior número possível de sementes por hectares. Normalmente, ele coloca em torno de 10 mil por hectare e estamos recomendando cerca de 16 mil covas por hectare — explica Carvalho.
A questão fitossanitária não é tão grave na região porque não há pragas que provoquem grandes danos e a principal doença é a podridão de raízes, que pode ser combatida com o plantio da variedade Quiriri. Carvalho diz que a melhor variedade de macaxeira para a região é a Jari, que tem a polpa amarela e é rica em betacaroteno. Por isso, ela é importante nas comunidades que não têm acesso a uma alimentação equilibrada.
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