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Abacate    
Abacates que vão além do consumo in natura
Grupo de pesquisa prevê alternativas para o processamento e aproveitamento dos frutos que não estão dentro dos padrões exigidos pelo mercado estrangeiro
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Breno Fonseca
31/01/2011

É na região de Botucatu (SP) onde se concentra a produção de duas variedades de abacate que ainda são pouco conhecidas no Brasil. A partir da demanda da empresa Jaguacy do Brasil, responsável por cerca de 85% da exportação dos tipos Fuerte e Hass para os Estados Unidos,  América Central e Europa, pesquisadores da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) passaram a se dedicar a estudos sobre pós-colheita, processamento e alternativas para utilização dos frutos que estivessem fora dos padrões necessários para o mercado externo.

Os abacates Fuerte e Hass são variedades produzidas exclusivamente para mesa, devido ao seu pequeno porte, o que as diferencia dos frutos normalmente cultivados no país. De acordo com Rogério Lopes Vieites, professor da Unesp, a cultura ainda é considerada de fundo de quintal. Situação que deve ser invertida com a criação do Grupo de Pesquisa em Pós-Colheita e Processamento do Abacate, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

— Normalmente, as pessoas acham que o abacate é uma fruta de segundo escalão. O grande benefício do nosso projeto é incentivar a produção, mostrar os potenciais das duas variedades e o valor nutricional do fruto. Ao contrário do que a maioria dos consumidores pensa, o abacate tem excelente qualidade, com o ácido graxo linoléico essencial que não conseguimos sintetizar por conta própria encontrado em poucos tipos de alimento. Então, o consumo em pequena quantidade e diário é recomendando — enaltece Rogério Vieites.

As técnicas de manejo da Fuerte e da Hass não diferem de outras cultivares. As condições climáticas mais favoráveis ao cultivo estão na região Sudeste. Tanto é que São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro são os Estados com focos mais expressivos de plantações. O principal foco, no entanto, está na pós-colheita. O objetivo é aumentar a vida útil do fruto, que é bastante perecível. Para isso, vem sendo utilizadas técnicas, como a da irradiação. A tecnologia interfere nas qualidades fisio e microbiológicas, sensoriais e enzimáticas dos frutos e de seus derivados. Através de raios gama, microorganismos e insetos são eliminados e o processo de maturação é desacelerado. Tudo sem a presença de resíduos, o que favorece a obtenção de frutos duráveis e livres de doenças.

Estudos mais recentes do grupo ainda dizem respeito à liofilização, processo de desidratação do abacate que possibilita a comercialização em forma de cápsulas, como suplemento alimentar. Por ser perecível, com alto teor de umidade, o fruto acaba sujeito à contaminação microbiana. Desta forma, o abacate, depois de descascado e limpo, é colocado em um aparelho chamado liofilizador, que o transforma em pó para a venda em farmácias de manipulação. Outro derivado proposto pela pesquisa é a guacamole, iguaria típica da cozinha mexicana, que é produzida a partir de frutos que não atendem ao padrão mínimo de qualidade para exportação. Espécie de pasta de abacate temperada, a guacamole é difundida em várias partes do mundo.

— A Jaguacy faz um treinamento para o pequeno agricultor, dá todo o incentivo, compra a produção e exporta. Com isso, começamos a incentivar agricultores familiares a trabalhar com a cultura e o processamento. Temos que ter todo o cuidado com a colheita, pois o abacate é sensível. Os danos mecânicos e o frio são os dois fatores mais importantes a serem levados em consideração durante a colheita do fruto, através de técnicas de armazenamento e tratamentos térmicos para evitar o escurecimento do fruto — finaliza o professor da Unesp.

Além da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp Botucatu, outras instituições integram o projeto, como a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da USP, o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) e a Universidade Federal de Roraima (UFRR). Para maiores informações, basta entrar em contato com a FCA pelo telefone (14) 3811-7100.

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