Kamila Pitombeira 25/08/2014

Com toda a preocupação com as questões ligadas ao meio ambiente e à sustentabilidade, novas ferramentas para promover a conservação dos recursos naturais têm sido desenvolvidas. Uma delas é a Certificação Bonsucro, que possui metas, como economia de água e cumprimento das leis trabalhistas, a serem seguidas pelos produtores rurais. A usina Maracaí, por exemplo, é a primeira usina de etanol certificada no mundo e está localizada no interior de São Paulo. Segundo Luiz Fernando do Amaral, gerente de Sustentabilidade da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), a certificação da usina é a primeira voltada para a sustentabilidade na produção dentro do sistema Certificação Bonsucro.

— No caso da certificação Bonsucro, são abordadas questões como metas para uso de água na indústria, metas de produtividade, de redução do uso de fertilizantes, de relação com os trabalhadores e respeito às leis trabalhistas, ou seja, diversas questões colocadas as quais os produtores devem cumprir. Para atingir a certificação, é preciso cumprir 80% desses critérios — diz o gerente.

Para ele, a relevância desse tipo de certificação depende das estratégias e dos mercados nos quais as usinas trabalham. Além disso, o gerente explica que a certificação é apenas uma das ferramentas de promoção da sustentabilidade, mas que existem também outros mecanismos, como programas de responsabilidade social, ambiental, coorporativa e relatórios de sustentabilidade.

— As empresas que possuem clientes ou que atuam em um mercado que tenha interesse de colocar um selo no produto e mostrar que ele foi produzido de maneira diferente e que, portanto, é diferenciado dos outros, podem ter grande interesse nesse tipo de mecanismo — conta.

O Bonsucro não é o único tipo de certificação existente no mercado. Existem outros que estão à disposição dos produtores e das usinas para que eles escolham, de acordo com a sua realidade e suas demandas, como diz Amaral.

— Esse é um sistema internacional que foi desenvolvido com a participação de empresas consumidoras, ONGs e algumas empresas produtoras para estabelecer um protocolo de quais são as práticas das empresas que devem ser avaliadas — afirma o gerente.

Ainda segundo Amaral, as certificações que começam a chegar ao mercado é que vão mostrar como ele se comportará. Ele explica que, na verdade, começa a ser criado um novo mercado e que seu comportamento dependerá da oferta e da demanda por tais tipos de produtos. No entanto, há uma tendência de que pelo menos em longo prazo esse seja um mercado interessante.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Unica através do número (11) 3093-4949.

 Reportagem exclusiva originalmente publicada em 15/07/2011