dia de campo

a
Esqueceu a senha?
Quero me cadastrar
     25/04/2024            
 
 
    
Bambu      
Bambu é alternativa para agricultor do Acre
Produção da árvore pode gerar renda suficiente para o sustento familiar, além de atuar no resgate de CO2
Ouça a entrevista Comente esta notícia Envie a um amigo Aponte Erros Imprimir  
Kamila Pitombeira
18/06/2013

O bambu serve como fonte de alimento para as populações, através do consumo de brotos e atua de forma eficiente no resgate de CO2, podendo contribuir para a redução do efeito estufa e oferta de serviços ambientais. Mas, além disso, ele pode servir como alternativa de produção viável para gerar renda suficiente para o sustento do agricultor familiar no Estado do Acre. Esse é um dos objetivos do Projeto Taboca do Acre, uma iniciativa do Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (Sebrae), em parceria com a Embrapa Acre e a Fundação de Tecnologias do Acre (Funtac), que promete identificar e caracterizar as espécies de bambus de ocorrência no estado.

— O objetivo do projeto é gerar maior conhecimento sobre as tabocas, nossos bambus nativos. Na sua primeira fase, o principal alvo é a identificação das espécies — afirma Elias Miranda, pesquisador da Embrapa Acre.

Segundo ele, a economia do Estado foi, por muito tempo, baseada no extrativismo, principalmente da castanha e da borracha. Hoje, principalmente nas reservas extrativistas constituídas a partir da década de 90, o agricultor tem dificuldade de encontrar alternativas de produção viáveis para obter renda suficiente para o sustento da sua família.

— Temos que priorizar as espécies nativas. Em cerca de 40% das florestas do Acre, temos a presença desses bambus e, através do manejo sustentável dessas tabocas, é possível extrair de forma sustentável. No entanto, também podemos investir na questão da domesticação, pois é uma planta extremamente adaptável a diversos ambientes — completa o entrevistado.

Miranda diz ainda que o manejo do bambu na floresta nativa, complementado pelo seu plantio em áreas marginais, pode tornar o produto uma opção de desenvolvimento, principalmente para os pequenos produtores.

— Atualmente, temos apenas uma espécie descrita botanicamente: a Guadua macrostachya, taboca mais comum da região. No entanto, fora ela, existem 3 ou 4 espécies com potencial econômico que ainda estão sendo avaliadas — conta.

Como as pesquisas de domesticação ainda estão em fase inicial, o pesquisador diz que a ocorrência de pragas e doenças ainda não foi verificada. Sabe-se que existem alguns insetos causam problemas, mas, como o bambu da região está em equilíbrio dentro da floresta, esse problema ainda não é observado.

— Já os dados referentes à média de produtividade do bambu ainda estão sendo avaliados. No entanto, em algumas áreas mais densas, tem-se chegado a até 80 touceiras dentro de um hectare de floresta. Cada touceira tem variações entre 10 e 20 colmos maduros — diz.

O bambu nativo da região se encontra em equilíbrio. Portanto, Miranda afirma que quando a exploração é feita observando-se todos os critérios ecológicos e o comportamento da espécie, é possível extrair de forma sustentável, podendo até recuperar áreas degradadas, principalmente em locais onde o cultivo de outras espécies não é possível.

— Isso vem ao encontro de toda a questão ambiental, como o aumento do sequestro de carbono da atmosfera — conclui.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Acre através do número (68) 3212-3200.

Reportagem exclusiva originalmente publicada em 09/12/2011

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
Juliana Cortez Barbosa
26/03/2012 - 11:42
Bom dia!
Sou profa. da Universidade Estadual Paulista e pesquiso desde 2005 espÚcies diferentes de bambus para uso em construþÒo e m¾veis. Poderemos atravÚs de nosso grupo de pesquisa Ligno (CNPq) auxiliar e estabelecer pesquisas em comum com vcs sobre diferentes espÚcies Guadua, como caracterizaþÒo fÝsica e mecanica, tratamento,usos, etc..
Atenciosamente
Juliana Cortez Barbosa

Para comentar
esta matéria
clique aqui
1 comentário

Conteúdos Relacionados à: Agricultura Familiar
Palavras-chave

 
11/03/2019
Expodireto Cotrijal 2019
Não-Me-Toque - RS
08/04/2019
Tecnoshow Comigo 2019
Rio Verde - GO
09/04/2019
Simpósio Nacional da Agricultura Digital
Piracicaba - SP
29/04/2019
Agrishow 2019
Ribeirão Preto - SP
14/05/2019
AgroBrasília - Feira Internacional dos Cerrados
Brasília - DF
15/05/2019
Expocafé 2019
Três Pontas - MG
16/07/2019
Minas Láctea 2019
Juiz de Fora


 
 
Palavra-chave
Busca Avançada