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Aprosmat realiza hoje ciclo de palestras na 40ª Exposul
Entre os temas que serão discutidos está o setor sementeiro no Estado de Mato Grosso e Brasil
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Aprosmat
09/08/2012

A Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) realiza hoje, 9 de agosto, ciclo de palestras durante a 40ª Exposul em Rondonópolis (213 km de Cuiabá). Durante o evento serão proferidos dois temas “O setor sementeiro no Estado de Mato Grosso e Brasil” e ‘Nematóides – Desafios Constantes’. A primeira palestra será ministrada pelo presidente da Aprosmat, Pierre Marie Jean Patriat e pela secretaria executiva, Andrea B. Santos em seguida a gerente técnica do Laboratório de Nematologia, Tânia Silveira vai falar sobre os cuidados com os nematóides nas lavouras e a atual situação de infestação da praga em Mato Grosso.

Segundo Patriat, as sementes são o maior patrimônio dos agricultores. São a base para a produção agrícola, portanto para toda a alimentação de qualquer nação. Durante dez mil anos, comunidades de agricultores, indígenas e povos tradicionais melhoraram e multiplicaram suas sementes livremente, fazendo da troca de sementes um momento de união e partilha entre povos e nações, e a base da alimentação. Somente nos últimos 40-50 anos é que as sementes se tornaram um grande negócio. De livre intercâmbio passaram a ser privatizadas e, das mãos dos agricultores, portanto dos cidadãos de cada país, passaram para as mãos de poucas empresas multinacionais.

“Estas empresas desenvolveram um tipo de tecnologia transgênica que permite o controle total e absoluto das sementes pelas companhias, fazendo com que os agricultores, e mesmo os grandes produtores, fiquem reféns das transnacionais para poder obter suas sementes. Nosso alimento passará a ser controlado por 4 ou 5 empresas que dominam mais de 60% do mercado mundial comercial de sementes.

Em Mato Grosso, cerca de 80% dos agricultores compram sementes certificadas, o percentual já foi maior, segundo Patriat, mas o índice baixou há três anos quando uma empresa restringiu o uso de uma cultivar que interessava aos produtores por causa da produtividade. “Tentaram tirar a cultivar para lançar transgênicos, como houve redução, os produtores passaram a multiplicar sementes por interesse de produção”.

Estima-se que o prejuízo a obtentora do patrimônio intelectual sobre a cultivar foi em torno de R$ 40 milhões. De acordo com Patriat, utilizar semente ‘salva’ gera uma perda da produtividade em torno de 15%. Ele aponta o modelo europeu como o meio termo para o impasse. No Velho Continente, produtores ‘salvam’ sementes, mas pagam os royalties no valor inferior do que se tivesse comprado novas sacas de sementes para o plantio. “Semente significa segurança alimentar e soberania nacional", disse.

Outro assunto que será discutido no ciclo é o problema da infestação dos nematóides nas lavouras mato-grossenses. Os nematóides de galhas (Meloidogyne spp.), os nematóides de cisto (Heterodera glycines), os nematóides das lesões radiculares (Pratylenchus  brachyurus) e os nematóides reniforme (Rotylenchulus reniformis) são os que apresentam  maior índice. Em um estudo realizado pela Aprosmat em todas as regiões do Estado, o nematóide Pratylenchus Brachyurus está presente em 96% das amostras analisadas e segundo lugar o Heterodera glycines com 35%.  Tânia Silveira alerta que a época que precede a colheita é uma boa maneira de diagnosticar a infestação dos nematóides. “Com a cultura instalada é melhor de se fazer a análise, por que pode ser mandada a amostra de raiz e solo, pois existem nematóides que se concentram no solo e outros mais na raiz, se for analisado apenas uma das amostras pode ser que o resultado seja mascarado”, explica Silveira

Os problemas com nematóides no Mato Grosso tem aumentado muito nos últimos anos. Até, cerca de seis anos atrás, a principal preocupação do sojicultor mato-grossense era com relação aos nematóides das galha (Meloidogyne spp) e com o nematóide de cisto da soja (Heterodera glycines). Atualmente, o nematóide das lesões radiculares (Pratylenchus brachyurus) também merece atenção especial, pois está amplamente disseminado no estado e o seu manejo tem sido extremamente complicado. Tânia explica que o nematóide Pratylenchus apesar de ser o mais visto nas plantações não é tão danoso como um nematóide de cisto, porém deve se atentar a ele, pelo fato de seu controle ser muito difícil. “A partir do momento que se tem um Pratylenchus na lavoura, todo o esquema de manejo fica mais complexo”.

Obrigatoriamente o controle de nematóides em culturas de escala, como a soja, deve procurar integrar vários métodos e apresentar baixo custo. A escolha da estratégia de manejo passa primeiramente por uma correta amostragem do solo, para determinar quais nematóides (espécie e raças) estão presentes na área e monitorar os níveis populacionais desses parasitas. Embora, o método de controle de nematóide mais eficiente, barato e de  melhor aceitação pelos produtores, seja o uso de cultivares resistentes, muitas vezes estas não estão disponíveis e nem sempre os seus níveis de resistência são satisfatórios. Desse modo, outras estratégias de controle, como a rotação/sucessão com uma cultura não hospedeira tem que ser adotadas.

A Aprosmat oferece todo o suporte técnico para os produtores e profissionais da área. Além de possuir um laboratório para a realização teste de população de nematóides. “Oferecemos treinamento para grupos técnicos com isso o profissional fica habilitado para o reconhecimento sintomas e utilizar a metodologia de coleta de amostras de solo e raiz”, comenta a gerente técnica.

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