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Agroenergia      
Forragens podem ser fonte de energia alternativa
Crescimento demasiado da população, desenvolvimento dos países e manutenção da qualidade de vida demandam aumento da produção energética
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Raiza Tronquin, USP/Esalq
01/08/2013

Um estudo realizado na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/Esalq) identificou culturas como fontes de bioenergia que, além de poderem ser utilizadas no complemento de análises econômicas, em busca de sistemas de produção mais eficientes como o de plantas forrageiras, são tradicionalmente utilizadas para alimentação na região dos Campos Gerais do Paraná.

Os resultados mostraram que culturas forrageiras como milho, sorgo, cultivares de Panicum maximum e Tifton 85 disponibilizaram energia com mais eficiência que milheto, cevada, aveia e azevém.

Estudo permite traduzir a realização de operações agrícolas em consumo de energia

“Os resultados, porém, devem ser cuidadosamente analisados, visto que a cultura do milho foi a que mais disponibilizou energia, porém a que mais consumiu. Já o Tifton 85 foi a que menos consumiu e a terceira maior a disponibilizar energia, por exemplo”, comenta a engenheira agrônoma Maria Carolina da Silva Andrea, em pesquisa desenvolvida no programa de Pós-graduação em Engenharia de Sistemas Agrícolas, USP/Esalq.

Ainda segundo ela, a análise de fluxos de energia possibilita uma avaliação da sustentabilidade de sistemas de produção agrícola, que visa o uso eficiente de insumos em termos energéticos.

A pesquisa determinou fluxo de materiais (FM), demanda (EE), disponibilização de energia (ES), balanço energético (BE), lucratividade energética (EROI) e energia incorporada (EI) da biomassa, aplicados nesses sistemas. O FM determinou o consumo de insumos por área e serviu de base para o cálculo da EE dos sistemas. Com características das culturas, calculou-se a ES e, com base nesses parâmetros, calculou-se os indicadores BE, EROI e EI. Segundo a pesquisadora, “com base nos resultados, concluiu-se que as culturas que se apresentaram mais eficientes, do ponto de vista energético, foram as gramíneas perenes como as cultivares de P. maximum e a Tifton 85, e as gramíneas anuais como o milho e o sorgo, pois mostraram os melhores valores de indicadores da eficiência energética (ES, BE, EROI e EI), o que justificaria uma posterior investigação detalhada no uso energético dessas culturas”.

As culturas da aveia, azevém, cevada e milheto apresentaram os valores menos favoráveis no enfoque energético. Portanto não foram consideradas adequadas à finalidade energética em relação às demais culturas estudadas. A operação que apresentou maior demanda de energia foi a distribuição de fertilizantes, devido os insumos que possuem mais energia incorporada. O fertilizante nitrogenado aparece em primeiro lugar, devido à quantidade de energia utilizada em seu processo de extração e industrialização. O diesel aparece em segundo lugar, na demanda de energia, em seu processo de produção.

Maria Carolina destaca que o enfoque energético de culturas usadas tradicionalmente para alimentação, seja ela animal ou humana, é importante já que viabiliza traduzir a realização de operações agrícolas em consumo de energia. “Isso contribui na adoção de medidas que tornam o sistema mais eficiente do ponto de vista energético. Ainda permite a caracterização do potencial das culturas forrageiras em termos de fornecimento de energia, o que não deve, porém, ser confundido com a preferência de seu uso para essa finalidade em detrimento à alimentação”, conclui a pesquisadora.

Orientado pelo professor Thiago Libório Romanelli, do Departamento de Engenharia de Biossistemas (LEB), o estudo contou com o apoio da Fundação ABC na obtenção de dados relativos aos sistemas de produção de culturas forrageiras pelos produtores da região, associados às cooperativas Capal, Batavo e Castrolanda.

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