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Campanha reduz pela metade uso de agrotóxicos em soja
Campanha foi implementada em 200 unidades demonstrativas com lavouras de soja nas várias regiões do PR e significou economia de R$ 500,00 por hectare
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Agência de Notícias do Paraná
17/12/2014

Os resultados da primeira etapa da campanha “Plante Seu Futuro - adote boas práticas de produção no campo”, divulgados nesta segunda-feira (10) pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e Instituto Emater são animadores. Nas 200 unidades demonstrativas instaladas para controle e monitoramento da incidência de pragas e doenças nas lavouras de soja, a média de aplicações de agrotóxicos foi reduzida à metade, o que corresponde a uma economia em torno de R$ 500,00 por hectare.

O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, afirma que se essa economia for transportada para a área de 4,8 milhões de hectares cultivadas com soja em todo o Estado do Paraná será possível atingir uma economia em torno de R$ 2 bilhões, que ficaria no bolso do agricultor. “Esse volume de recursos poderia compensar as perdas que os agricultores tiveram com a severa estiagem que prejudicou as lavouras de soja neste início de ano, que causaram prejuízos de R$ 2,2 bilhões”, disse.

Ortigara atribuiu o sucesso da campanha ao engajamento de várias entidades do poder público e da iniciativa privada, que juntas estão demonstrando que é possível praticar uma agricultura mais sustentável e continuar competitiva e forte.

Orientação
A campanha foi implementada em 200 unidades demonstrativas com lavouras de soja nas várias regiões do Estado. Nessas unidades, e também no estande instalado no Show Rural, em Cascavel, foram feitas ações de orientação a 12.400 agricultores, com área média de 60 hectares cada um, envolvendo uma área total de 744 mil hectares.

Nesses espaços foi feito um trabalho de conscientização junto ao produtor rural para incentivar as boas práticas de manejo de pragas, de doenças, de conservação de solos e água, enfim para que ele adote um modelo sustentável no plantio das lavouras. O objetivo é ajudar o produtor a produzir com qualidade, reduzir os custos de produção das lavouras com o uso racional dos agroquímicos e oferecer alimentos seguros à sociedade, cuidando da preservação do meio ambiente.

Mais abrangência
Os coordenadores da campanha Plante Seu Futuro prosseguem com os debates até esta quarta-feira (12). Eles discutem a ampliação para, na próxima safra, abranger as lavouras de soja, milho e feijão e ainda incluir um plano de manejo para controle das formigas cortadeiras e para conservação de solos e água.

Nelson Harger, coordenador de lavouras do Instituto Emater, lembrou que a campanha Plante Seu Futuro foi adotada num momento em que a preocupação com o uso indiscriminado de agrotóxicos nas lavouras era grande. Ele comparou o ano de 2005 (quando, durante o ciclo de desenvolvimento das lavouras de soja eram feitas em torno de duas aplicações, em média)com o ano de 2013, em que a ameaça da infestação da lagarta helicoverpa armígera fez com que, em alguns casos, o número de aplicações chegasse cinco vezes.

“Mesmo com a soja a R$ 65,00 o saco, o que é um preço satisfatório, esse número de aplicações inviabiliza qualquer ganho financeiro para o agricultor”, disse o secretário Ortigara.

Segundo Harger, ao contrário de estados como Mato Grosso e Bahia, onde o ataque da helicoverpa armígera foi grande, no Paraná essa infestação foi moderada e o Estado conseguiu quebrar o paradigma com o trabalho de conscientização da sociedade. Na avaliação de Harger a campanha deve ser ampliada para atingir mais produtores e deve também questionar o modelo agrícola adotado que busca o máximo de produtividade e não de rentabilidade, que é o que realmente garante os ganhos para o produtor, explicou.

O deputado estadual Rasca Rodrigues, presente ao encontro, disse que vai reproduzir o sucesso dessa campanha na Assembleia Legislativa do Paraná, porque é inteligente e representa um trabalho pioneiro adotado no Paraná e por isso deve ser fomentado como política de Estado.

Práticas antigas
Na primeira etapa, o programa se concentrou nas áreas de soja, com foco no controle de pragas como lagartas e percevejos, e de doenças como a ferrugem asiática, além de trabalhar com o manejo de solos e água para evitar a erosão.

A campanha tem como tema a adoção de boas práticas de Manejo Integrado de Solos e Águas, Manejo Integrado de Pragas, Manejo Integrado de Doenças, Manejo Integrado de Plantas Invasoras, Tecnologias de Aplicação de Agrotóxicos e Controle de Formigas Cortadeiras.

“A grande ferramenta da campanha é o resgate de práticas antigas e já conhecidas do agricultor que ao longo dos anos foram deixadas de lado”, disse o engenheiro agrônomo Nelson Harger. Entre essas práticas está o controle biológico, de manejo e genéticos. A recomendação é recorrer aos agroquímicos somente quando for necessário. Para isso, inicialmente, o agricultor conta com o auxílio de um profissional, do governo ou da iniciativa privada, que irá ajudar o agricultor a tomar a decisão de aplicar ou não o agrotóxicos. Depois disso o agricultor vai aprender a monitorar sua lavoura sozinho.

Nas unidades demonstrativas, a primeira aplicação de agrotóxicos foi feita com 54 dias após a emergência das plantas, quando a população de lagartas começou a aumentar, enquanto que na média do estado a primeira aplicação foi feita com 25 dias de após a emergência das plantas.

Outra medida recomendada pela campanha é a aplicação de agrotóxicos com qualidade. Segundo Harger, o inseto está cada vez mais escondido entre as folhas e o caule das plantas. Portanto, a aplicação deve atingir o alvo. Se a aplicação não for feita de forma correta poderá provocar muita deriva (que é a dispersão do agrotóxico para lavouras vizinhas) e não combate.

A campanha tem a parceria de entidades como a Federação na Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep), Emater, Iapar, Itaipu Binacional,Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Banco do Brasil, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Apepa – Associação Paranaense de Planejamento Agropecuário, entre outras.

Reportagem originalmente publicada em 12/3/2014

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Esdras Pereira Alves Neto
12/03/2014 - 19:42
O agricultor que tem uma assessoria de um Engenheiro Agrônomo visando o Manejo Integrado de Solos e Águas, Manejo Integrado de Pragas, Manejo Integrado de Doenças, Manejo Integrado de Plantas Invasoras, Tecnologias de Aplicação de Agrotóxicos e Controle de Formigas Cortadeiras.
Assim sim esse agricultor diminuirá de fato o número de aplicações de agrotóxicos em sua lavou. Mas isso tem de ser forma integrada e coadunada para ser bem eficiente.

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