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Tecnoshow Comigo
10/04/2014
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Auxiliar os produtores a descobrirem qual é a melhor fase para se combater as lagartas, como cada uma atua na planta e como identificá-las foi um dos objetivos principais da palestra “Erros, Acertos e Desafios no Manejo das Lagartas na Cultura de Soja”, realizada na manhã deste terceiro dia da Tecnoshow Comigo 2014. A palestrante foi a professora doutora da Faculdade de Rio Verde e consultora agrônoma, Jurema Rattes, que afirmou ser o monitoramento da lavoura um dos fatores primordiais para que o combate seja eficaz.
A palestra lotou o auditório 1 da feira e é uma continuação de um tema abordado na última Tecnoshow Comigo que alertou os agricultores para o surgimento, no Brasil, de uma nova lagarta, a Helicoverpa armigera, e os orientou para o combate de lagartas de difícil controle na cultura de soja. Neste ano foram ressaltados os principais erros dos produtores em 2013 e as técnicas que obtiveram sucesso, bem como os inseticidas ideais para cada fase do combate.
Além da Helicoverpa armigera, no ano passado outra lagarta já conhecida voltou a atacar as plantações de soja brasileiras, a Falsa Medideira. As duas atuam de formas diferentes e em ciclos distintos do cultivo e prejudicam consideravelmente a produção do grão. “Para que o controle da praga seja bem sucedido, o produtor precisa entender o manejo correto e efetuá-lo de forma consciente, baseado em resultados de amostragens, armadilhas para insetos adultos, uso de produtos mais seletivos, uso de produtos biológicos, entre outros”, garante a doutora.
Ela explica que, em Goiás, a Helicoverpa armigera causou poucos prejuízos devido ao manejo correto, diferente de outros estados brasileiros onde a infestação foi grande. “Isso não quer dizer que neste ano a lagarta não causará prejuízos na região. Cerca de 90% das lagartas nas plantações de soja são dessa espécie, que é resistente à maioria dos inseticidas”, e acrescenta que o combate deve ter início antes do plantio de cobertura, na dessecação. Além disso, deve ser feito monitoramento broto a broto e planta a planta já que, após a verificação de ovos na planta, a atuação deve se dar em, no máximo, 10 dias.
Jurema explica que a praga deve ser combatida com até um centímetro de comprimento e que, nesta fase, só é possível identificar o tipo de lagarta através da mariposa que colocou os ovos. Já na fase adulta, a única alternativa, mais cara e difícil, é a aplicação sequencial. Segundo a doutora, até a safra de 2011/2012 as lagartas eram secundárias na cultura da soja, mas que, com o aparecimento da Helicoverpa armigera, se tornaram as principais pragas. “E uma das causas disso é o uso de muitos fungicidas nos últimos 10 anos que passaram a matar fungos benéficos do solo que faziam o controle biológico das lagartas”, analisa.
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