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Tayane Scott, Linhas Comunicação
14/07/2014
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Com a chegada do inverno, o Paraná vem sofrendo bastante com as intensas chuvas que estão relacionadas com as passagens de frente frias pelo Estado e em toda a Região Sul. Em consequência, há muitos atrasos na safra de trigo, o que pode virar uma situação problemática, já que o Estado sustenta 90% da produção nacional e que determina o sistema de exportação do país.
O Paraná faz parte da região que mais produz em larga escala no país e o clima faz com que o seu calendário para a plantação seja extenso. No local, ela ocorre de março e ao fim de julho. Mesmo que no Sudoeste tenha vivido dias secos entre o largo período de chuvas, e que em algumas lavouras os agricultores tenham conseguido reverter essa situação, o Estado estará sob estas condições de muita chuva até o final de agosto.
De acordo com a Bianca Lobo, meteorologista da Climatempo, há uma possibilidade do Brasil já estar sobre a influência do fenômeno El Niño, o que favorece o aumento de chuvas na região Sul. A soma da alta umidade e chuvas fortes e volumosas faz com que temporais para a região Sul sejam esperados ao longo desse inverno, levando a queda de rendimento ou até a perda de lavouras inteiras.
O clima favorece o aparecimento de problemas como a Giberela e Brusone são duas doenças folheares causadas pela ação de fungos que se aproveitam para se infiltrar no trigo a partir das fases reprodutivas, comprometendo diretamente com a qualidade da cultura, já que ficam dentro da espiga distante da visão dos agricultores.
Para não comprometer com a fase de frutificação restrita que o Paraná vive e com as ações que o meio ambiente pode causar como livixiamento, geadas, chuvas intensas que alagam o solo, o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Wickler Godinho, diz que a única maneira do agricultor se prevenir dessa situação é realizando um planejamento eficiente. “Uma das técnicas que o produtor pode fazer é a rotação de culturas e o plantio direto na palha que vão diminuir as ações externas que podem impedir uma boa colheita”.
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