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Instituições públicas e privadas unem esforços para promover o saneamento básico na área rural
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Joana Silva, Embrapa Instrumentação
23/07/2014

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD-IBGE, 2011), o acesso ao esgotamento sanitário na área rural do Brasil atinge apenas 24% da população, fato que traz graves consequências à saúde pública e ao meio ambiente. Diversas ações têm sido realizadas pelo Brasil afora para tentar amenizar o problema, como o evento que a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) está promovendo com o apoio da Embrapa e empresas privadas, na região Norte do país, uma das mais castigadas pela falta de saneamento.

É em Macapá (AP), no período de 22 a 24 de julho, que ocorre o I Simpósio Amapaense de Saneamento Rural Sustentável, com a proposta de capacitar técnicos e lideranças comunitárias para atuarem em suas comunidades como agentes multiplicadores em saneamento básico. O foco é a divulgação, elaboração de projetos e implantação de tecnologias sociais de baixo custo, em áreas rurais e em comunidades remotas ou isoladas, como quilombolas, assentamentos, regiões ribeirinhas, indígenas e de extrativismo.

O treinamento é destinado a especialistas, gestores, pesquisadores, lideranças comunitárias, acadêmicos e universitários, técnicos, representantes de instituições públicas, privadas, terceiro setor e interessados no tema. São esperados 120 participantes.

Estão envolvidos no simpósio o Departamento de Engenharia de Saúde Pública (Densp) da Funasa, a superintendência estadual no Amapá, a Faculdade Meta, empresas privadas e duas unidades da Embrapa – a Amapá (Macapá –AP) e a Instrumentação (São Carlos – SP), sendo esta última responsável pelo desenvolvimento do sistema de saneamento básico na área rural – Fossa Séptica Biodigestora, Clorador Embrapa e Jardim Filtrante.

A programação do evento contempla palestras, oficinas e minicursos, onde serão apresentadas e debatidas as tecnologias sociais de baixo custo, inclusive com demonstrações práticas em campo. Entre elas estão orientações para produção de uma composteira doméstica, preparo de composto orgânico e instalação de Fossa Séptica Biodigestora, Clorador Embrapa e Jardim Filtrante, essas três conduzidas pelo pesquisador Wilson Tadeu Lopes da Silva (Embrapa Instrumentação).

O idealizador e coordenador do projeto para o saneamento rural sustentável da Funasa, Reginaldo de Souza Picanço, espera que os participantes assimilem e se empenhem na disseminação das tecnologias sociais, contribuindo para a transformação da realidade vivida atualmente nas comunidades rurais e impactando na melhoria da qualidade de vida das pessoas que serão beneficiadas com os futuros projetos.

Desafios
O saneamento básico e o acesso à água potável ainda são apontados como os principais desafios para vencer a crise sanitária que afeta a humanidade. No Brasil, milhares de famílias que vivem no campo - cerca de 23 milhões de pessoas - não têm acesso à água tratada e esgoto canalizado. O déficit é o dobro da população de uma cidade como São Paulo.

De acordo com a Funasa, a falta de saneamento pode causar verminoses, esquistossomose, hepatite A, diarreias, cólera, entre outras, ao se consumir água contaminada. Do ponto de vista ambiental, há incalculáveis prejuízos decorrentes da poluição dos corpos d'agua superficiais e subterrâneos, o desequilíbrio da fauna e flora e o subsequente aumento dos custos do tratamento da água consumida na área rural e urbana.

Estudos mostram que a falta de saneamento básico e acesso à água de boa qualidade têm relação direta com o número de internações, devido a doenças como diarreia e hepatite. De acordo com a ONU, 10% das doenças ao redor do mundo poderiam ser evitadas se fossem realizados mais investimentos em água, medidas de higiene e saneamento básico.

Uma pesquisa realizada pela Embrapa Instrumentação e pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP demonstrou que a construção do sistema de saneamento básico proposto pela Embrapa poderia reduzir, anualmente, cerca de 250 mortes e 5,5 milhões de infecções causados por doenças diarreicas; reduzir a poluição dos cursos d'água em cerca de 250 mil toneladas de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO); e que a cada R$1,00 investido na implementação desta tecnologia poderiam retornar para a economia R$4,69, além de contribuir para um aumento de 51 mil empregos.

Diante da gravidade do problema, que levou a Organização das Nações Unidades (ONU) a estabelecer o tema como um dos desafios do Milênio, diversas instituições públicas, privadas e organizações não governamentais, sem fins lucrativos, estão unindo esforços com o objetivo de elaborar propostas para à universalização do saneamento básico na área rural.

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