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MB Comunicação
28/07/2014
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Santa Catarina tem 355 mil imóveis cadastrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) em um ano, segundo dados da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS). Sabendo que muitos desses imóveis pertencem a cooperados e aproveitando que a nova legislação ainda está em período de implantação, a Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/SC), promoveu nesta semana um seminário em São José focado nesse tema para cerca de 60 técnicos e gestores de cooperativas. O curso será oferecido no dia 31 de julho em Chapecó.
“A Ocesc tem mais de 1,6 milhão de cooperados e considera importante promover esse treinamento pela obrigatoriedade do CAR e pela grande demanda. Além disso, a entidade sempre esteve envolvida e participou ativamente para a promulgação do código ambiental catarinense”, observa Paulo von Dokonal, gerente de cooperativismo da Ocesc.
O seminário foi dividido em dois momentos. Pela manhã, o advogado Leonardo Papp falou sobre as mudanças sofridas pelo código florestal brasileiro e código ambiental catarinense. À tarde, técnicos da SDS explicaram na prática como deve ser preenchido o CAR. O curso foi acompanhado pelo analista técnico e econômico da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Marco Olívio Morato.
Para Papp, o seminário promovido pela Ocesc ajuda a identificar as principais dúvidas relacionadas ao CAR e permite orientar sobre a melhor maneira de saná-las: “O CAR é uma novidade do código florestal e sua implantação traz consequências. Uma delas é a possibilidade de regularizar áreas ocupadas de maneira mais fácil, barata e menos burocrática. Para isso, o imóvel deve estar devidamente inscrito no CAR”.
No intuito de garantir que o cadastro seja realizado com sucesso, o engenheiro florestal da SDS, Bruno Henrique Beilfuss, acredita que as cooperativas têm papel fundamental. “Com tantos imóveis para serem cadastrados em pouco tempo, trabalhamos na lógica de que é preciso habilitar as cooperativas para que prestaem auxílio aos associados no preenchimento”.
É isso que o Roger Krambeck, presidente da Cooperativa Mista Agrícola de Piscicultores (Coomapeixe), de Timbó, pretende fazer pelos seus 23 cooperados. “Na região, há desinformação. Muitos piscicultores têm medo de prestar informações porque acham que é mais uma forma de cobrar taxas. Queremos esclarecer para cada um deles e, se for possível, disponibilizar o serviço de cadastro também para outros piscicultores da região”, revela.
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