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A Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) notificou extrajudicialmente as empresas Monsanto, DuPont, Dow e Syngenta devido à perda da eficiência da tecnologia transgênica de milho Bt. Teoricamente, essas cultivares seriam resistentes a lagartas – mas no último ciclo o que se viu foi os danos que os insetos causaram nas lavouras de milho de Mato Grosso.
A Aprosoja-MT identificou que o custo de produção aumentou em decorrência das aplicações a mais de inseticidas. Na prática, além do impacto sobre o ambiente, significa um custo não programado ao produtor que chegou a R$ 120,00 por hectare, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), fora a queda na produção.
“Queremos que as empresas apontem uma solução rápida para as perdas e também uma forma de ressarcir quem foi prejudicado”, resume o presidente da Aprosoja-MT, Ricardo Tomczyk. “É um típico caso de produto que prometia um resultado que nunca foi entregue, ou seja: propaganda enganosa.”
A perda da resistência do milho Bt às lagartas foi identificada pela Aprosoja-MT em março, quando surgiram os primeiros relatos de produtores mato-grossenses assustados com o que viam em campo. Em seguida, a associação passou a reunir laudos técnicos com dados, fotos e a análise econômica do prejuízo financeiro do produtor. Coube ao Imea calcular os gastos extras que os produtores tiveram na tentativa de controlar a incidência das lagartas.
Em sua notificação, a associação define prazo de dez dias para que as empresas se manifestem oferecendo soluções para as falhas apresentadas pela tecnologia, bem como uma forma de ressarcir os prejuízos enfrentados pelos produtores rurais de Mato Grosso.
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