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     20/04/2024            
 
 
    

Sendo uma atividade dinâmica no tempo e espaço, a Agricultura tem contado cada vez mais com o apoio das tecnologias geoespaciais para gestão e execução das operações agrícolas, fazendo com que produtores e empresas do setor busquem elevar a eficiência da operações agrícolas com base em informações confiáveis que permitam decisões mais assertivas para melhor retorno dos investimentos na produção.

O setor está vivenciando a era do “Big Data na Agricultura” e, isto se deve ao fato das máquinas e sensores aplicados nas atividades agrícolas gerarem uma imensidão de dados operacionais. Analisar tais informações e tomar decisões eficientes em prol da produtividade do negócio é um grande desafio para os gestores da área de Agricultura. Como atuar de maneira mais precisa agora para a próxima safra?

As respostas para questões como esta podem ser obtidas por meio do uso dos Sistemas de Informações Geográficas (GIS), que são capazes de organizar essa grande quantidade de dados, norteando as estratégias e as táticas para viabilizar o aumento de produção, maior rentabilidade e melhor qualidade dos produtos.

É importante ressaltar que as operações na Agricultura têm uma grande variabilidade espacial dos dados geográficos, o que torna a sua sistematização complexa. De um ano para o outro, as práticas agrícolas podem exigir diferentes tipos de tarefas para condução da lavoura e, se a gestão não for apropriada, o negócio estará suscetível a falta de controle, ampliando os custos de produção, desperdícios e prejuízos.

Desta forma, a aplicação da Inteligência Geográfica no processo agrícola torna-se essencial para permitir que o gestor agrícola atue com base em informações precisas e atualizadas, promovendo uma gestão inteligente e eficiente de suas operações.

Um dos caminhos para trabalhar com o “Big Data” é a organização dos dados agrícolas gerando informações úteis em análises espaciais, por meio da integração da Geografia com a gestão agrícola. Todos os dados e informações de safras passadas podem ser analisados para planejar a safra seguinte melhorando o conhecimento das áreas onde os gestores devem investir mais porque há potencial para produzir mais, assim como investir menos em áreas onde não há potencial para aumento da produção.

Alguns passos são fundamentais para integrar a Inteligência Geográfica na gestão das operações agrícolas. Destacamos os seguintes:

O primeiro passo:
Garantir a consolidação de um bom cadastro das unidades de produção, que seja simples e organizado para colocar dados que permitam integração com bases de outras plataformas. Desta forma, é possível consolidar insumos para gerar informações importantes ao gerenciamento da produção agrícola, o que permite realizar análises da produção até o nível da unidade de talhão. Por exemplo, estimativas de produção, alocação varietal mais apropriada para cada condição de ambiente de produção, produtividade da safra anterior e da safra atual, análise pré-colheita, ocorrência de pragas, doenças, plantas daninhas e outras observações agronômicas.

O segundo passo:
Registrar a execução das atividades agrícolas no campo, coletando apontamentos de levantamentos e vistorias, sempre com foco no resultado do escritório e retorno de informações para o campo. Dados espaciais podem ser melhor aproveitados quando integrado com uso de dispositivos móveis em campo. O registro apropriado em campo potencializa a gestão geográfica das unidades de produção e possibilita a atualização dos dados das operações agrícolas em tempo real.

O terceiro passo:
Integrar dados agrícolas e geográficos e, em seguida, elencar e classificar as análises desejadas para melhorias nas operações agrícolas, rentabilidade na produção, controle das atividades, redução de custos, conformidade ambiental e direcionamentos de investimentos e aprimoramento da gestão. Essa integração permite ter uma percepção de inúmeras informações que ajudam, por exemplo, no controle da aplicação de adubos e defensivos, além de estabelecer medidas mais apropriadas para planejamento e controle dos custos de produção, produtividade e rendimento de cada talhão.

O quarto passo:
Criar uma cultura de uso da Inteligência Geográfica que oriente as funções de todos os envolvidos na produção agrícola, da gestão até a operação, e permita a troca de experiências entre os diferentes grupos de trabalho. Por exemplo, se a operação agrícola é responsável pelo o que está sendo realizado no campo, será necessário quebrar barreiras para que a informação flua e garanta conformidade nos indicadores de gestão para tomadas de decisões, para isso o uso de mapas é fundamental. Os indicadores acessados por meio de mapas são mais precisos quanto à localização exata dos processos de produção.

O quinto passo:
Configurar aplicações para analisar o desempenho da safra e verificar se há ocorrência de padrões espaciais das informações agrícolas juntamente com uma análise real das informações apuradas no campo, o final de safra. Desta forma, é possível obter indicadores de desempenho das lavouras e usar a localização geográfica a favor da eficiência na gestão e precisão na execução de atividades. A capacidade de lidar com as informações agrícolas baseadas na localização geográfica permite análises e acompanhamento das atividades operacionais nas unidades de produção. É possível, por exemplo, consultar os talhões para obter informações de desempenho, identificar áreas com problemas e avaliar inclusive o aumento ou diminuição da produtividade e uso de insumos.

Vivemos um momento decisivo, no qual a aplicação da alta tecnologia e do poder da análise Geográfica nos processos da Agricultura são elementos chave de diferenciação das empresas que terão sucesso na produção agrícola.

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