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João Eugênio Diaz Rocha, Embrapa Agroindústria de Alimentos
03/10/2014
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Reconhecendo a importância de realizar ações coordenadas dos países membros na América Latina e Caribe, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, FAO, promoverá, nos dias 8 a 10 de outubro, em Santiago, Chile, uma Consulta Regional de Especialistas em redução de perdas e desperdícios de alimentos na América Latina e Caribe, a primeira deste tipo na região, com a finalidade de desenvolver um plano de ação regional para a redução de perdas e desperdício de alimentos e sua incorporação às políticas de segurança alimentar e nutricional. O Dr. Murillo Freire Junior, pesquisador da área de Pós-colheita da Embrapa Agroindústria de Alimentos, é um dos peritos que vão participar da consulta que incluirá formuladores de políticas, tomadores de decisão, representantes da indústria de alimentos e do setor governamental e diferentes atores do sistema alimentar da região de maneira a alcançar juntos soluções para os problemas. O pesquisador também vai apresentar uma palestra abordando uma visão panorâmica da Embrapa Agroindústria de Alimentos, suas áreas de atuação, infraestrutura laboratorial e algumas linhas de pesquisa, incluindo o aproveitamentos de resíduos da agroindústria para o consumo humano e quais as contribuições que a Embrapa pode aportar para a redução de perdas e desperdício na região. Além do plano de ação regional, espera-se que a consulta resulte em diretrizes para o levantamento de informação e implementação de estratégias para a redução de perdas e desperdício e a formação de uma Rede de Especialistas em Perdas e Desperdício de Alimentos.
Embora a América Latina e Caribe sejam grandes produtores de alimentos, capazes de abastecer sua população e exportar grandes excedentes, segundo dados da FAO, uma importante parcela da produção é perdida nas diferentes fases da cadeia produtiva agro alimentar. A organização estima que 6% das perdas mundiais de alimentos se dão na região que, a cada ano, perde ou desperdiça cerca de 15% dos alimentos disponíveis. A FAO estabelece uma distinção conceitual entre perda e desperdício de alimentos: a perda de alimentos é a redução não intencional de alimentos disponíveis para o consumo humano que resulta de ineficiências na cadeia de produção e abastecimento: infraestrutura e logística deficiente, falta de tecnologia, insuficiência nas competências, conhecimentos e capacidade de gerenciamento. Ocorre principalmente na produção, pós-colheita e processamento. O desperdício de alimentos se refere ao descarte intencional de itens próprios para alimentação, particularmente pelos varejistas e consumidores, e ocorre devido ao comportamento dos comerciantes e indivíduos.
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