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Para debater sobre a podridão branca do alho e seu impacto sobre a cadeia produtiva do alho e da cebola, reuniram-se, na terça-feria, 21 de outubro, no centro comunitário da Igreja Matriz em Frei Rogério, SC, produtores de alho, lideranças políticas e técnicos do município e região, totalizando 71 participantes.
A reunião foi organizada pela Comissão Municipal de Saúde Agropecuária (COMUSA), Epagri, Prefeitura Municipal, Cidasc e cooperativas da agricultura familiar do município. Também presentes ao encontro o presidente da Associação Catarinense de Produtores de Alho (ACAPA), Everson Tagliari, o presidente de honra da ACAPA, Takashi Chonan, o engenheiro agrônomo da Epagri de Curitibanos, Marco Antônio Lucini e o Secretário Executivo Regional do SC Rural, João Vinicius Ehara.
capapodridaoalho1221014A podridão branca é uma velha conhecida da cadeia produtiva do alho e da cebola e considerada uma das mais sérias ameaças ao cultivo dessas hortaliças, podendo inviabilizar o plantio de uma região inteira. O palestrante, agrônomo Walter Ferreira Becker, pesquisador da Estação Experimental da Epagri de Caçador, focou no tema podridão branca e seu impacto na cadeia produtiva do alho e cebola. “Não existem cultivares resistentes à podridão branca. O controle químico não tem eficiência e não há fungicidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para controle do fungo”, afirmou Becker. Por isso, as principais medidas de manejo contra a doença são as preventivas, como por exemplo, o plantio de alho-semente em áreas isentas ou em épocas e locais onde as condições climáticas são desfavoráveis à ocorrência da doença. Reforçou aos produtores, em áreas onde a doença ainda não ocorreu, que fiquem atentos com a qualidade do material propagativo que irão utilizar. “Além de monitorarem suas lavouras e comunicarem aos órgãos para que se isole a área e se evite a disseminação da podridão branca”, destacou.
Becker prestou informações para identificação da doença a campo. O mais comum, segundo ele, são sintomas na parte aérea, caracterizando o subdesenvolvimento das plantas, amarelamento e morte das folhas mais velhas e apodrecimento dos bulbos. Observa-se nas plantas atacadas, um crescimento cotonoso branco. Com o tempo, o micélio branco vai dando lugar a pequenos pontos escuros, que são escleródios do patógeno, os quais dão um aspecto enegrecido ao bulbo atacado. As raízes também apodrecem e, por isso, as plantas afetadas são facilmente arrancadas do solo e ocorre a presença de escleródios negros pequenos sobre os bulbos atacados.
Em seguida, o agrônomo da Cidasc, Sérgio Omar de Oliveira falou sobre a responsabilidade de cada produtor frente à doença, principalmente das lideranças e técnicos, no sentido de conscientizar os produtores sobre a consequência dela na cadeia produtiva do alho e cebola. “Não podemos esquecer que o fungo tem alto poder de destruição e inviabiliza áreas de cultivo por até 20 anos”, alertou.
“Como encaminhamento, será formada uma comissão para preparar um roteiro de ações no sentido de conter a disseminação da doença e iniciar uma campanha de conscientização sobre a gravidade do problema, coordenada pela ACAPA”, informou a agrônoma da Epagri de Frei Rogério, Adriana Francisco.
Mais informações: Epagri/Frei Rogério e Curitibanos, nos telefones: (49) 3257 0045 em(49) 3412-3077.
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