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Até a semana passada, ainda não foi feita nenhuma aplicação de agrotóxicos para o controle de pragas e doenças nas lavouras de soja monitoradas pelos técnicos do Instituto Emater, em Maringá. “Enquanto a maioria dos agricultores do município já fez aplicações para o controle de lagartas, nas lavouras monitoradas ainda não foi verificado o nível de dano que justifique o controle químico”, afirmou o extensionista Luiz Caetano Vicentini.
O trabalho de monitoramento das lavouras está sendo desenvolvido nas unidades didáticas de manejo de pragas e doença distribuídas pelo município. Na última terça-feira, dia 9, os produtores participaram de uma reunião técnica na propriedade de Osvaldo Tezolin, localizada na Gleba Ribeirão Pinguim, para conhecer os resultados do monitoramento. O produtor cultiva 109 hectares de soja e desenvolve o trabalho de monitoramento da lavoura desde o inicio da safra numa área de 48 hectares. De acordo com o agricultor, se a área não tivesse recebido a assistência qualificada já teria realizado pelo menos uma aplicação para o controle de lagartas. No entanto, ele vem seguindo à risca a recomendação da assistência técnica com base no monitoramento.
Durante a reunião prática os técnicos fizeram uma avaliação da ocorrência de pragas e seus inimigos naturais, em mais de 20 pontos do talhão. A ocorrência de ficou abaixo de três insetos na média. Porém, várias espécies de inimigos naturais das pragas foram verificadas na lavoura, algo pouco comum nas áreas onde se faz o uso indiscriminado de agrotóxicos no controle.
Este fato vai contra a ideia que vigora entre os produtores de que a única alternativa para o controle de pragas é o uso de inseticidas. De acordo com a observação dos profissionais do Instituto Emater e da Embrapa, o controle biológico natural tem sido suficiente para controlar as pragas nesta área. Assim, como não havia população que causasse dano à lavoura, a aplicação de agrotóxico ainda não se faz necessária. Situação semelhante acontece com os produtores Tercílio Sanita, da comunidade Venda Duzentos; Anísio Martinhã, da Gleba Ribeirão Morangueira; Celso Morgon, do Contorno Sul e Alcides Zavatini, da Placa Hiler.
Durante a reunião também foi apresentado o trabalho de monitoramento de doenças, especialmente da ferrugem asiática, com o uso de coletores de esporos (sementes do fungo) que estão instalados na comunidade e detectam a presença da doença no ambiente. De acordo com o extensionista Celso Daniel Seratto, do Instituto Emater, ainda não foi encontrado nenhum esporo de ferrugem nos 22 coletores de esporos instalados na região de Maringá. Desta forma, os produtores estão sendo orientados a não aplicar fungicidas para o controle da doença nas lavouras até o momento.
O gerente regional do Instituto Emater, Cesar Candeo dos Santos, lembrou a importância dos profissionais e produtores rurais adotarem as boas práticas de produção no campo. Essas orientações fazem parte da Campanha Plante Seu Futuro, desenvolvida pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento/Governo do Paraná, em parceria com a Faep/Senar, Fetaep, Sistema Ocepar/Sescoop, Itaipu Binacional, Embrapa, Iapar, Emater, o Banco do Brasil e a Associação Maringaense de Engenheiros Agrônomos, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Maringá, Sindicato Rural de Maringá e Empresas de Planejamento Agropecuário, entre outros parceiros locais.
Para maiores informações: Emater – Unidade Municipal de Maringá - Fone: (44) 3219-2500
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