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João Paulo Biage, MDA
19/01/2015
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Aos 19 anos, Fernando Cé teve uma difícil escolha: sair do campo para fazer faculdade ou ficar e comprar um terreno. Ele não se arrepende da opção que fez. Hoje, 10 anos depois, Fernando tem uma propriedade de 50 hectares, o Sítio Sabores da Terra, adquirido por meio do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
No espaço, localizado no município de São Domingos do Sul (RS), Fernando e seu pai Ademir cultivam cenoura, couve-flor, feijão, arroz, milho e ainda criam porcos e algumas cabeças de gado de leite. “Eu queria continuar trabalhando na roça e optei pelo programa pela facilidade na compra do terreno. Na época, não tínhamos condições de comprar um pedaço de terra desse tamanho, tentamos pelo programa e conseguimos. Financiei metade em meu nome e os outros 25 hectares foram comprados no nome do meu pai”, lembra Fernando.
O processo de compra durou menos de um ano. Fernando e Ademir já sabiam a área que queriam e negociaram com o dono. Entraram, então, em contato com o agente financeiro e deram início ao processo. A expectativa era de comprar apenas 25 hectares, mas o dono quis vender todo o terreno e o pai também acessou o programa para realizar o sonho do filho. “Tivemos nossa criação toda no meio rural e nos formamos aqui. Acho que isso me fez querer ficar aqui com meus pais. Isso e também a vontade de produzir alimentos de qualidade e colocá-los na mesa dos consumidores”, conta o agricultor familiar de 29 anos.
A produção da família é orgânica, não recebe tratamento nenhum tipo de agrotóxico. Parte da produção é comercializada em feiras da região e no município de Passo Fundo, para onde pai e filho vão duas vezes por semana. “Além disso, vendemos também para a merenda das escolas públicas, pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae)”, afirma o pai de Fernando, Ademir Cé.
Além de Fernando, Leandro, outro filho de Ademir, também escolheu viver no campo. Leandro Cé passou em um concurso da Emater/RS e tornou-se Técnico em Agropecuária. “O jovem que fica no campo consegue ter um futuro. Nós temos uma casa, um terreno e temos o alimento que comemos produzidos no quintal de casa, com qualidade, sem química. Não dá para querer mais do que isso”, confessa Ademir.
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