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Sistemas de Produção      
Novas tecnologias para sistemas integrados são apresentadas em Mato Grosso
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Gabriel Faria, Embrapa Agrossilvipastoril
02/03/2015

Técnicas de plantio de forrageiras após a soja, manejo de pastejo do boi safrinha e opções de culturas de segunda safra foram algumas das novidades apresentadas pela Embrapa e Sistema Famato/Senar durante o 5º Dia de Campo sobre Sistemas Integrados de Produção Agropecuária, realizado na sexta-feira, dia 27, em Sinop (MT). O evento contou com mais de 300 inscritos entre pecuaristas, agricultores, técnicos e estudantes.

Divididos em cinco grupos, os participantes percorreram cinco estações montados no Sítio Tecnológico da Embrapa Agrossilvipastoril. Em cada uma delas assistiram a 40 minutos de palestras e demonstrações de tecnologias em campo.

"Esse é um momento de integração com produtores e técnicos no campo e de mostrar para a sociedade o que estamos gerando em termos de pesquisa", explica o chefe-geral da Embrapa Agrossilvipastoril, João Flávio Veloso Silva.

Este foi o terceiro ano seguido em que Embrapa e Sistema Famato/Senar se juntaram na realização deste dia de campo. O evento faz parte de uma parceria entre as instituições para a transferência de tecnologias sobre sistemas integrados de produção.

"Os desafios no campo são enormes e a Embrapa procura atender os problemas. Essa parceria é importante para levar a informação ao produtor, para que ele venha aqui, aprenda e possa aplicar em sua propriedade, produzindo melhor, de maneira mais sustentável e levando alimento de qualidade e mais barato para a mesa do brasileiro", disse o presidente do Sistema Famato, Rui Prado.

Outros dez dias de campo deverão ser realizados ao longo do ano em diferentes regiões do estado.

Boi safrinha
A integração lavoura-pecuária a o boi safrinha foram tema de duas estações. Na primeira delas foram apresentadas diferentes técnicas de plantio de forrageira em sistemas de integração lavoura-pecuária. Uma novidade foi a sobressemeadura do capim enquanto a soja encontra-se em R 5.5, fase em que os grão já estão formados e a planta começa a amarelar.

"Com a sobressemeadura ganhamos de 25 a 30 dias em relação ao plantio direto após a colheita da soja. Quando o produtor está colhendo a soja, a planta da braquiária já está começando a perfilhar", explica o consultor Marcelo Volf.

O consórcio de milho com braquiária também foi demonstrado, sendo ele destinado à cobertura do solo e formação de palhada ou para a formação de pastagem.

As plantas forrageiras também foram o tema da segunda estação, que abordou o manejo da pastagem e novas opções de forrageiras, como a BRS Paiaguás, por exemplo. Nesta estação foi feita ainda a demonstração do uso de uma régua para medida da altura da pastagem, determinando o momento correto para entrada e saída dos animais.

Para que a tecnologia seja adotada no campo, os pecuaristas e técnicos que participaram do dia de campo receberam um exemplar da régua que pode ser usada para variedades de braquiárias e de Panicum.

Grande destaque deste dia de campo, a pecuária também esteve presente em uma estação que discutiu a nutrição de ruminantes e abordou a emissão de metano pela fermentação entérica dos bovinos. Na abordagem foi apresentado o Green Feed, equipamento recém-adquirido pela Embrapa Agrossilvipastoril que permitirá a realização de pesquisas para mensurar a quantidade de metano emitida pelos animais em sistemas integrados e em sistemas de pastagem exclusiva.

O Green Feed é um alimentador que reconhece o animal assim que a cabeça entra no cocho por meio da leitura automática de um brinco. No mesmo momento, um exaustor aspira e mede a cada segundo os gases emitidos pela boca e narinas durante a alimentação. Os dados de emissão durante determinado intervalo de tempo são armazenados em um computador. Com isso é possível calcular as taxas de emissão do rebanho ao longo do dia.

De acordo com a pesquisadora da Rede Clima, Mirceia Mombach, a maior vantagem desse sistema é a possibilidade de mensuração das emissões em tempo real e em condições normais, ou seja, com os animais no pasto. Com isso, as informações geradas serão ainda mais fiéis à realidade da pecuária mato-grossense. Outra vantagem é o fato de ser um método não invasivo, que não causa qualquer tipo de desconforto ao gado.

Agricultura
Os agricultores e técnicos que participaram do evento também puderam conhecer melhor e tirar dúvidas sobre o feijão-caupi e as variedades de sorgo forrageiro, granífero e biomassa. Todos os materiais são alternativas para uso na segunda safra e podem fazer parte de um sistema produtivo de rotação de culturas com a soja.

Os sojicultores interessados ainda puderam acompanhar no campo o desempenho de algumas cultivares de soja convencional e conversar com representantes do Programa Soja Livre.

A questão financeira também teve espaço no dia de campo com uma palestra do BNDES sobre o Programa ABC, linha de crédito rural que financia o uso de tecnologias de baixa emissão de carbono, como integração lavoura-pecuária-floresta, plantio direto, fixação biológica de nitrogênio, plantio de florestas, uso de dejetos, recuperação de pastagens degradadas e restauração de reserva legal.

Representantes do BNDES esclareceram sobre o funcionamento da tomada de crédito junto aos bancos, apresentaram os prazos de pagamento e carência em cada tecnologia e exemplificaram mostrando casos reais de projetos aprovados.

Integração lavoura-pecuária
O 5º Dia de Campo sobre Sistemas Integrados de Produção Agropecuária buscou abordar temas relacionados à integração lavoura-pecuária. Esse sistema já ocupa cerca de 450 mil hectares em Mato Grosso e vem sendo cada vez mais utilizado.

"Tenho notado que, nos últimos dois, três anos, tem aumentado tanto a agricultura em cima de pasto, como também o retorno da produção mais intensiva de bovinos em áreas de lavoura. Hoje estamos batendo cabeça para encontrar a melhor forma de se trabalhar com o boi safrinha", disse o zootecnista e consultor técnico Aldrovani Teixeira Cavalheiro, que gostou das tecnologias que viu no dia de campo.

O pecuarista Olvide Galina já trabalha com integração lavoura-pecuária. Para ele o evento foi útil para aprender novas técnicas de plantio do capim.

"A maior novidade para mim foi a viabilidade do sistema de cultivo da Ruziziensis com o milho. Outra novidade é saber que a braquiária Paiaguás é bem melhor do que a Ruziziensis para cobertura. Essa é uma novidade bem boa para mim", disse ao fim do dia de campo.

Parceria
Na abertura do dia de campo, Embrapa Agrossilvipastoril e Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) assinaram um convênio de cooperação na realização de pesquisas com pecuária em sistemas integrados de produção.

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