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Segunda rodada de plantios do Projeto Biomas é finalizada no Pantanal
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Nicoli Dichoff, Embrapa Pantanal
18/03/2015

Neste mês de março, o Projeto Biomas no Pantanal concluiu os últimos plantios previstos para o início de 2015. Com o apoio da equipe local e a presença de dez pesquisadores de outras regiões de Mato Grosso do Sul e do país, o bioma tem hoje 14.000 mudas e 5.000 sementes de árvores nativas plantadas em sete experimentos localizados na fazenda Santo Expedito, no Pantanal da Nhecolândia, Mato Grosso do Sul. Cada plantio mede aspectos diferentes, buscando encontrar formas de estimular a inserção da árvore nas propriedades pantaneiras, além de testar diferentes métodos de recuperação de pastagens. Segundo a coordenadora regional do projeto Catia Urbanetz, que também é pesquisadora da Embrapa Pantanal, as equipes investigam fatores como as espécies mais indicadas para os diferentes tipos de demanda, como plantá-las e sob que condições, por exemplo.
 
"Há uma demanda generalizada de madeira para uso nas próprias fazendas, já que o material se desgasta em função da variação entre os extremos de seca e cheia da região. Um dos maiores custos para as fazendas no Pantanal é a cerca. E essas cercas têm que ser refeitas – se não integralmente, pelo menos parte delas – a cada dez anos. Então, a demanda por madeira dentro da propriedade é muito grande", diz Catia. Por isso, de acordo com o coordenador nacional do projeto, Gustavo Curcio, é importante aliar a necessidade do produtor ao esforço para supri-la. "O projeto tende a fazer uma capacitação no sentido de trazer esse conhecimento aos produtores rurais, de que as árvores podem ser plantadas (...) respeitando suas funcionalidades ecológicas, fazendo um manejo de arbóreas, as mais diversas – porque há uma série de arbóreas que podem ser utilizadas – mas atendendo a demandas específicas da propriedade rural pantaneira".
 
Particularidades regionais
Como forma de aliar as características do Pantanal aos experimentos do projeto, a equipe adapta as ações da pesquisa às condições do bioma. As linhas de plantio, por exemplo, desviam de árvores que já existiam no local, respeitam as zonas em que cada espécie ocorre e a hidromorfia dos solos. "Espécies de áreas alagadas, a gente está plantando onde elas ocorrem. Espécies de área mais seca, a gente planta mais no alto das áreas não alagáveis, nas cordilheiras", exemplifica Catia. Segundo Gustavo, o conhecimento local dos pesquisadores da Embrapa Pantanal, de universidades da região e de pantaneiros tradicionais são alguns dos pontos de partida para o trabalho do projeto, que deverá respeitar tanto as particularidades ambientais da região quanto aspectos sociais e econômicos locais. "O Projeto Biomas tem a intenção de trazer a árvore fazendo essa interação com a produção da propriedade rural".
 
Ainda de acordo com Gustavo, uma das práticas realizadas nas últimas iniciativas do projeto no Pantanal foi o plantio sequenciado, em que cada membro da equipe fica responsável por uma etapa do plantio, realizando diferentes ações em sincronia – fazendo desde o coveamento do solo, passando pela adição de fertilizantes e adubos, por exemplo, para chegar até a finalização do processo com o plantio da muda no solo em menos tempo. A ordem das ações é definida para facilitar e otimizar o trabalho. "Nossos plantios aqui são muito distintos do que nós temos no resto do Brasil", diz o coordenador. "É uma monstruosidade de diversidade. A gente precisa colocar isso em sistemas alinhados que atendam às demandas do produtor e até, em um caráter de excepcionalidade, começar a entrar no mercado".
 
Próximos passos
A pesquisadora Catia prevê mais ações além dos plantios para 2015 no Pantanal. "Para este ano, além do término do plantio, a gente pretende ministrar os cursos de produção de mudas e coleta de sementes dessas espécies nativas e, no final do ano, terminar outros quatro experimentos de plantio. E, para o ano que vem, devemos iniciar os cursos junto ao Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) de legislação e das nossas técnicas de plantio para o Pantanal, além de fazer as cartilhas que a gente vai passar para os produtores sobre essas técnicas". Para Catia, os métodos e procedimentos que serão repassados através do Projeto Biomas deverão auxiliar tanto as atividades produtivas do Pantanal quanto o ambiente em que elas estão inseridas. "A demanda dos produtores é grande, eles precisam dessas informações. Então, eu acho que a gente vai ter muita técnica boa para passar. O projeto é muito promissor, aqui", finaliza.

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