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Técnicos da Adapar, Coaprocor, Instituto Emater, Iapar e das prefeituras de Godoy Moreira e Iretama visitaram a Agência Paulista de Desenvolvimento do Agronegócio (APTA), polo regional de Presidente Prudente-SP, no último dia 10 de março. O objetivo foi conhecer estratégias para a convivência do cultivo de maracujá com a virose, considerada uma das principais doenças de perda da produção.
Na oportunidade o pesquisador Nobuyoshi Narita informou os técnicos sobre as pesquisas desenvolvidas e as dificuldades para eliminar a doença dos pomares de maracujá. De acordo com o pesquisador, foi definido um novo sistema de manejo, com o plantio anual em setembro. “O Plantio é feito no mesmo sistema de sustentação, com mudas em torno de 1,50 metros de altura, produzidas em sacolas plásticas e em viveiros telados, sem contato inicial de insetos sugadores.
Além dos tratos culturais tradicionais, como adubação, condução e manejo fitossanitário, esse novo sistema permite iniciar a colheita em fins de dezembro, aproveitando os melhores preços do mercado”, explicou Narita. O ponto fundamental, segundo o pesquisador, é quebrar o ciclo da doença por meio da destruição da lavoura em fins de junho, deixando um vazio sanitário de 30 dias, no mínimo, para realizar novo plantio, tempo suficiente para reduzir a fonte do inoculo.
Os técnicos puderam comprovar os fatos visitando lavouras na região. Na propriedade de Antonio Tuguimoto eles viram o plantio feito em setembro de 2014 e outra área implantada há quatro anos, no mesmo sistema de sustentação, e que agora está ocupada com a mucuna. Neste último cultivo o maracujá deve voltar a ser plantado apenas em setembro deste ano.
A virose já foi identificada no Paraná e como se disseminou rapidamente pelo estado, pode comprometer drasticamente a produção. Desta forma tornam se necessárias algumas medidas, como a mudança do sistema de cultivo. Vale lembrar que em nosso Estado foram plantados 1.124 ha na safra 2013/14, segundo o Departamento de Economia Rural, da Seab.
A cultura é explorada principalmente por pequenos agricultores familiares, constituindo-se numa boa fonte de renda. O maracujá produzido abastece o mercado livre, programas institucionais e agroindústrias.
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