Eugênia Ribeiro, Embrapa Meio-Norte 17/04/2015

Para saber a opinião de uma pessoa, a melhor forma ainda é ouvir diretamente o que ela tem a dizer. É dessa maneira que a equipe do Projeto Biofortificação de Alimentos, responsável pela transferência de tecnologia de produtos desenvolvidos pela rede Biofortificação de Alimentos (Biofort), está verificando a aceitação do flocão de milho biofortificado “Pró-Vitamina A” por consumidores dos estados do Piauí e Maranhão.

A BRS 4104, lançada em 2013, é a primeira cultivar de milho biofortificado desenvolvida pela Embrapa. A variedade tem altos teores de pró-vitamina A, o que poderá contribuir para a melhoria nas condições nutricionais da população por meio da sua inclusão em programas sociais, como o uso na merenda escolar e na dieta dessa população.

Após o lançamento, as sementes da cultivar foram multiplicadas em unidades de transferência de tecnologia e distribuídas às escolas agrícolas que participam do projeto e aos agricultores familiares cadastrados pela equipe condutora das ações.

Agora chegou o momento de verificar se a massa de milho do tipo flocão fabricada com o milho biofortificado está agradando aos consumidores. Para tanto, nesta quarta-feira (15/04) foi realizada em Teresina – PI uma oficina para analisar os protocolos de pesquisa que serão utilizados para a avaliação do flocão, com destaque para os estudos de percepção do consumidor, objetivos do estudo e metodologia proposta.

No turno da tarde, os participantes realizaram atividade prática sobre abordagem aos consumidores para aplicação dos questionários e nesta quinta ocorreu a aplicação dos questionários para 20 pessoas do Assentamento Agerp, em Codó - MA. Já no dia seguinte (17), mais 20 pessoas responderão à sondagem, desta vez no Assentamento Vale da Esperança, na zona rural de Teresina - PI.

Com essa pesquisa, pretende-se verificar se o flocão produzido a partir do milho mais rico em vitamina A tem potencial para ser inserido nos sistemas de consumo e, consequentemente de produção, da agricultura familiar nas comunidades estudadas.

A biofortificação consiste em um processo de cruzamento de plantas da mesma espécie, gerando cultivares que produzem alimentos mais nutritivos. O processo também é conhecido como melhoramento genético convencional. Ou seja, não se utiliza de técnicas que produzem organismos geneticamente modificados.