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Recursos Hídricos    
Comunidade agrícola do DF volta a ter água com medidas de gestão
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Liliane Castelões, Embrapa Cerrados
20/04/2015

Os produtores do Núcleo Rural Buriti Vermelho, no Distrito Federal, conseguiram reverter uma situação que preocupava toda a comunidade desde o início deste ano. Em fevereiro, o córrego, que abastece barragens e canais de irrigação, secou. Com medidas de gestão do uso da água, o rio voltou a correr.

A água que os produtores utilizam para irrigação na agricultura é armazenada em barragens e distribuída em canais de irrigação. As propriedades localizadas no final do canal foram as que ficaram mais tempo sem receber água. "É preciso organizar o uso da água para que todos sejam atendidos. Quando os produtores que estão na parte de cima do canal usam uma quantidade maior de água que a necessária, os que estão mais abaixo são prejudicados", explicou o pesquisador Lineu Rodrigues, da Embrapa Cerrados, que há oito anos desenvolve pesquisa na área.

Os produtores Antônio Sobrinho e Francisco Edvaldo, que estão na comunidade há mais de 20 anos, só tinham visto o nível das águas do córrego baixar uma vez. "Secar mesmo só dessa vez. Aqui todos dependem dessa água para trabalhar e também para gerar emprego. É triste ver tudo se perdendo por falta de água", disse Francisco Edvaldo, que cultiva hortaliças e as comercializa na Ceasa.

II Momento do Dia da Água na Agricultura
Em 10 de abril, foi realizado Dia de Campo no Buriti Vermelho, considerado o II Momento do Dia da Água na Agricultura. O I Momento ocorreu, em 27 de março, com o objetivo de nivelar as informações entre as instituições que atuam na região e definir uma agenda de ações com foco no uso racional da água.

No Dia de Campo, o pesquisador da Embrapa Cerrados, Lineu Rodrigues, apresentou os motivos da falta de água no Buriti Vermelho e as alternativas para resolver o problema. Para que os produtores percebessem as consequências do uso incorreto da água, o pesquisador deu exemplo da quantidade de água disponível no rio ao final de diferentes níveis de retiradas e de chuvas. "A equação é simples. Se há menos água disponível, devido à redução das chuvas, por exemplo, cada produtor tem que retirar um pouco menos de água. Não pode querer retirar a mesma quantidade de quando a represa está cheia. Se todos souberem usar, não vai faltar para ninguém", ressaltou Rodrigues.

Buscar solucionar os conflitos do uso da água, definir a quantidade de água que cada produtor necessita para realizar suas atividades e evitar o desperdício de água nos canais são algumas das alternativas possíveis para minimizar o risco de falta de água no Buriti Vermelho.

A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), a Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri) e a Emater-DF também estão envolvidas em ações focadas no uso racional da água no Buriti Vermelho.

O representante da Adasa, Miguel Sartori, apresentou no Dia de Campo, as atribuições da instituição e anunciou que serão realizadas visitas à comunidade para dar início ao processo de outorga do uso da água. As representantes do Ibram, Amanda Porto e Renata Mongin, explicaram a importância da proteção das nascentes e como deve ser feito o cadastro ambiental rural.

As ações de revitalização dos canais de abastecimento para a agricultura no Distrito Federal foram relatadas pelo técnico da Seagri, Edvan Sousa. Segundo ele, uma parte dos canais do Buriti Vermelho foi recuperada, em 2012, e atendeu 19 propriedades. Para o técnico da Emater-DF, Rafael de Oliveira, alguns dos problemas da comunidade do Buriti Vermelho podem ser resolvidos com adoção de sistemas de produção sustentáveis. Para incentivar os produtores, Oliveira apresentou o exemplo de uma pequena propriedade, em Planaltina-DF, em que são desenvolvidas atividades de fruticultura, piscicultura e bovinocultura.

A realização do Dia de Campo foi uma das atividades da Rede AgroHidro, que tem o objetivo de estudar a água na agricultura e desenvolve projetos de pesquisa em diversos biomas brasileiros. De acordo com o pesquisador da Embrapa Cerrados e coordenador do AgroHidro, Lineu Rodrigues, estão programados palestras sobre educação ambiental e capacitação dos produtores visando ao uso racional da água no Buriti Vermelho.

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