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Emater/RS-Ascar
24/04/2015
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Considerado destaque em trabalhos na área, o município de Doutor Maurício Cardoso, RS, sediou, nesta quarta-feira (22), o lançamento da campanha regional pelo uso adequado, manejo e conservação do solo. Inserido no Ano Internacional dos Solos, instituído pela ONU/FAO, o evento marca o acordo de cooperação entre Associação dos Municípios da Grande Santa Rosa (AMGSR), Emater/RS-Ascar, cooperativas, entidades afins e instituições de ensino preocupadas com o cuidado com o solo, cujos efeitos são percebidos no meio rural e urbano.
Lideranças de 20 municípios acompanharam o dia de palestras, discussões e visitas a campo. Segundo o coordenador da Comissão de Solos da Associação de Municípios da Grande Santa Rosa (AMGSR) e prefeito de Santo Cristo, José Luís Seger, o evento é uma das estratégias definidas durante a trajetória de mais de um ano de engajamento oficial das administrações municipais, entidades e cooperativas do setor. “Quando começamos fazer o debate para a articulação regional não sabíamos que este seria o Ano Internacional dos Solos, isso demonstra que de fato é uma preocupação que estava batendo em nossas portas, de resgatar os saberes que tínhamos de práticas conservacionistas dos solos”, comentou Seger.
A preocupação com o uso, manejo e conservação do solo, segundo o prefeito Noli Aimi, está presente em Doutor Maurício Cardoso há um longo período com o município sendo palco de diversos dias de campo. “Temos muito que mostrar, mas precisamos sim do engajamento das entidades e de políticas públicas para seguir estimulando o cuidado com o solo. Conservação do solo é economia para os cofres públicos do município, de servidores, de diesel, em manutenção de estradas, entre outras vantagens”, destacou o prefeito.
O gerente técnico adjunto da Gerência Técnica (GET) da Emater/RS-Ascar, Rogério Mazzardo, que no ato representou o presidente da Instituição, destacou que tecnologia é conhecimento. “Tecnologia se pode fazer de maneira simples e eficaz, como a conservação de solo, conservação de água, isso é tecnologia.”
Reflexão e visitas a campo
Práticas conservacionistas de solo e água foram abordadas pelo professor Jean Minella, do Departamento de Solos do curso de Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Segundo ele, estudos estimam que a erosão hídrica, uma das principais formas de degradação do solo no Brasil, pode resultar em perdas na ordem de 847 milhões de toneladas de solo ao ano, condicionando a uma redução econômica de 8 bilhões de reais ao ano em lavouras, além de custos com o impacto da produção de energia elétrica e com o tratamento da qualidade de água.
O uso inadequado provoca a degradação e o solo tem reduzida sua capacidade natural de armazenar água, ocorrendo então, o escoamento superficial e a perda da capacidade produtiva, com reflexos sobre o complexo sistema hídrico, o que afeta a toda população.
Perdas de solo na microbacia do Lajeado Cavalheiro, em Doutor Maurício Cardoso, após um evento pluvial foram apresentadas pelo professor orientador Rodrigo Pizzani, da Setrem, resultado de um estudo desenvolvido pelos acadêmicos do curso de Agronomia Marcelo Schwantz, Élder José de Lima e Eduardo Juliani. Pizzani destacou, neste sentido, a importância de adotar práticas conservacionistas.
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