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Ainda sob o reflexo da crise econômica europeia e norte americana, que ocorreu de 2008 a 2012, os preços pagos pela madeira fina (até 18 cm de diâmetro) continuam em baixa, desmotivando os produtores, tanto para o manejo florestal como para colheita final em ciclos curtos ou novos plantios, pois os custos de produção tiveram significativo aumento (principalmente em relação à colheita e transporte da madeira). Os preços pagos não deixam margem de lucro aos produtores (para ciclos curtos de 6 a 8 anos).
Para madeira grossa (acima de 18 cm de diâmetro) a condição permanece favorável em termos de retorno financeiro, com ganhos superiores a 20% ao ano, continuando mais atrativo que a maioria das atividades rurais tradicionais.
Este cenário (para madeira fina) não deve permanecer para os próximos anos, sendo que a tendência é de que o mercado se equilibre aos preços internacionais, de 40 a 44 dólares por tonelada posto no pátio das indústrias consumidoras.
A melhor opção para o produtor rural é retardar o manejo e aguardar o reequilíbrio de preços no mercado, mesmo restringindo a produtividade dos cultivos pela competição entre as árvores. Por outro lado postergar o manejo proporciona ganhos consideráveis em termos de qualidade da madeira, lembrando que nossos produtores silvicultores sempre tiveram maiores retornos comercializando madeira grossa, direcionada ao desdobro, laminação e movelarias.
A alta do dólar tem viabilizado a exportação de produtos de origem florestal, melhorando as perspectivas tanto para as indústrias como para os produtores rurais. Novas empresas internacionais têm demonstrado interesse em investimentos no Paraná, haja vista nossa capacidade produtiva e disponibilidade de matéria-prima, principalmente na região centro-sul.
A recomendação da Emater é manejar a floresta para uso múltiplo, com desbastes intermediários e colheita final aos 14 a 18 anos permanece.
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