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Marcela Buzatto, Emater/RS-Ascar
21/05/2015
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A Emater/RS-Ascar iniciou um trabalho, em parceria com a Embrapa Trigo e o escritório regional do município gaúcho de Frederico Westphalen, para o acompanhamento de duas propriedades de Ronda Alta como unidades de referência inseridas no processo de agricultura conservacionista e de fertilidade do solo.
Esse trabalho teve início a partir de cursos oportunizados pela Emater/RS-Ascar e Embrapa aos técnicos sobre conservação de solo e água. O município de Ronda Alta está dando continuidade a esse processo e está aplicando técnicas como marcação e construção de terraços nas propriedades das famílias Pinheiro e Grando, ambas localizadas na Linha Macali.
Além dos terraços, outras técnicas serão aplicadas nas unidades de referência, como análises químicas do solo, cobertura do solo com palha ou outros cultivos nos 12 meses do ano, rotação de culturas, cultivo de plantas recicladoras de nutrientes, entre outras.
Agricultura conservacionista
A agricultura conservacionista é a arte de cultivar a terra, fundamentada na ciência da conservação do solo, com objetivo de preservar, manter e recuperar os recursos naturais mediante o manejo integrado do solo, da água e da biodiversidade, compatibilizando com o uso de insumos externos.
O sistema plantio direto atende muitos dos preceitos da agricultura conservacionista, dentre eles a mobilização do solo apenas na linha da semeadura, manutenção de resíduos na superfície do solo, ampliação da biodiversidade, processo de colher e semear, aporte de material orgânico conforme a demanda biológica e implantação de barreiras mecânicas para evitar a saída da água com nutrientes minerais do solo da lavoura.
O trabalho iniciou com a instalação de terraços no Sistema For Windows, desenvolvido pela Universidade Federal de Viçosa/MG, que permite alocar os terraços com maior distância entre os mesmos, dependendo da declividade do terreno e da sua capacidade de infiltrar a água da chuva. “Com esta infraestrutura, o plantio das culturas também se dará em nível e, assim, a água da chuva terá mais uma proteção para não escorrer. Ambos, o terraço e o plantio em nível, têm o objetivo de garantir que a água da chuva infiltre onde ela cai, evitando, desta forma, a erosão do solo e a perda de fertilizantes pelas enxurradas”, explicou o assistente técnico regional em Recursos Naturais da Emater/RS-Ascar, Carlos Roberto Olczevski.
“Esta prática permitirá o aumento da disponibilidade de água para as culturas em períodos de estiagens e, com o tempo, a diminuição de custos com adubação e ganhos de produtividade. No primeiro momento, buscamos diminuir as estiagens entre dez e quinze dias e maximizar os fertilizantes aplicados no solo”, completou o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar Douglas Campigotto.
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