Gabriella Bontempo, MDA 28/05/2015

O crescimento do consumo de alimentos saudáveis, produzidos sem agrotóxicos ou insumos químicos, favoreceu o aumento da oferta dos produtos orgânicos e agroecológicos no País. É possível encontrá-los in natura, no setor de hortifrutigranjeiros de grandes supermercados, ou em feiras livres em bairros e municípios brasileiros - como a que ocorre todas as quintas-feiras na sede do Incra, em Brasília (DF).

Entre os alimentos comercializados por lá estão os produzidos pela Cooperativa de Agricultores Familiares Agroecológicos do Assentamento Colônia I e Região (Coopfama), localizada no município goiano de Padre Bernardo, a 115 quilômetros da capital, Goiás. Segundo o diretor de comercialização e produção da entidade, Wátila José dos Santos, 32 anos, o intuito é sempre oferecer alimentos com preço justo e de maior qualidade ao consumidor.

“Colhemos os alimentos no dia anterior a feira, para que os produtos cheguem mais frescos aos consumidores. Como não temos atravessador, conseguimos vender a um preço bom para as duas partes. Esse contato gera confiança para o consumidor e incentiva quem trabalha no campo”, afirma.

Além da feira no Incra, a Coopfama comercializa em outras três: no térreo do Ministério do Meio Ambiente, às quintas-feiras; na Universidade de Brasília (UnB), às terças e quintas-feiras e na 515 Norte. Só com essas vendas, o grupo consegue alcançar renda de R$ 80 mil por ano.

“Somos 22 cooperados que participam de todo o processo, da produção à comercialização. Esses espaços são importantes e estão crescendo e, cada vez mais, se expandindo para outras regiões. As feiras criam um laço de amizade e de fidelidade. Já tivemos consumidores que foram nos visitar, para ver de perto a produção”, conta.

No catálogo de produtos da cooperativa tem de tudo um pouco, de alface a morango e até produtos do cerrado como o pequi – resultado de uma área nativa, preservada pelos produtores.

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