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Boas Práticas      
Pequeno produtor aposta em boas práticas na pecuária de leite no RJ
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Paulo Filgueiras, SEAPEC RJ
06/07/2015

O casal de produtores Carlos Antônio Pinheiro e Dilza Jacintho da Motta, de Bom Jardim, na Região Serrana, é o exemplo real de que investimentos no melhoramento genético do rebanho, nos cuidados com o manejo dos animais e do pasto e na qualidade da produção são fundamentais para o aumento da produtividade na pecuária leiteira. Os produtores estão colhendo os resultados de uma unidade demonstrativa instalada pela Emater-Rio no Sítio Santo Antônio, na localidade de Trapiche, distrito de Barra Alegre.

Desde 2012, o casal vem recebendo assistência técnica continuada do médico veterinário Fabiano Bohnenberger, técnico executor do Programa Rio Rural, da secretaria estadual de Agricultura. O trabalho teve sua origem numa capacitação sobre manejo intensivo das pastagens, promovida pelo Programa Rio Leite e pela Embrapa Pecuária Sudeste, em 2010. No início do acompanhamento, o sítio possuía uma criação caseira de porcos e de galinhas caipiras, além de um rebanho de quase 70 bovinos, cuja produção diária chegava próximo dos 20 litros, destinados exclusivamente à produção de queijo artesanal. Atualmente, são cerca de 40 cabeças de gado, sendo 11 vacas em lactação, que rendem uma média de 75 litros diários.

Para alcançar os resultados, houve um trabalho prévio de sensibilização do casal sobre a importância das anotações zootécnicas e dos controles sanitário, reprodutivo e leiteiro. Levando em consideração a disponibilidade de água na área, os produtores e o técnico elaboraram um planejamento para a propriedade, que contemplou, inicialmente, o preparo conservacionista do solo através de análise, correção e adubação. As primeiras apostas para alimentação do gado foram na introdução do capim napier no entorno do curral e no plantio da cana forrageira. Paralelamente, foi sugerida a redução da quantidade de animais e a aquisição de novas matrizes mais produtivas. Numa segunda etapa, foi introduzido o sistema de pastoreio rotacionado em parte da área baixa do sítio, com o uso do capim Tifton 85.

O controle sanitário do rebanho foi estabelecido desde o pré-parto, passando pelo nascimento, cria e pelas fases de novilhas, vacas secas e em lactação. Foi estabelecido um calendário para o controle antiparasitário, associado à suplementação com vitaminas, vacinação contra febre aftosa, entre outras práticas preventivas. Para consolidar a higiene no curral, a Emater-Rio fez a doação do kit ordenha manual, tecnologia desenvolvida pela Embrapa Gado de Leite.

Através do controle reprodutivo, criou-se um plantel de matrizes girolandas. Com apoio da Cooperativa Agropecuária de Macuco, a técnica da inseminação artificial por tempo fixo (IATF) acelerou o ganho genético nas matrizes mais produtivas. “Todo esse investimento de minha família é para vivermos com dignidade e para produzirmos bastante leite e com cada vez mais qualidade”, conta Carlos Antônio, que vive no local desde 2008.

Ainda para este ano, está previsto um outro módulo de pastejo rotacionado com capim mombaça, próprio para terrenos mais declivosos. A compra de uma ordenhadeira mecânica, a construção de um telhado para a área de espera das vacas e de um reservatório de água também são metas previstas até dezembro. Já na produção de leite, o casal espera fechar 2015 alcançando os 100 litros por dia.

Para Fabiano Bohnenberger, responsável técnico da unidade, as tecnologias atualmente disponíveis para a bovinocultura leiteira trazem grandes benefícios ao pecuarista. “O criador familiar deve estar sempre atento à alimentação dos bovinos, em especial na época de seca. Um incremento de produtividade gera aumento de renda e, consequentemente, uma vontade de continuar progredindo. Houve uma grande especialização por parte dessa família e isso propiciou que eles acessassem novos mercados”, analisou o veterinário.

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