Fernando Sinimbu, Embrapa Meio-Norte 24/07/2015

O projeto Promoção da inovação agroecológica nos territórios da região Meio-Norte deu o primeiro passo efetivo com a oficina Soluções para produção de melancia na agricultura familiar. O evento, realizado nesta quarta-feira 22, no município de Jatobá do Piauí, a 134 quilômetros ao norte de Teresina, fincou a bandeira da pesquisa participativa na região como processo de inovação tecnológica para o agricultor familiar. O projeto é a base do Núcleo de Agroecologia da Embrapa Meio-Norte, que tem como principais eixos a atuação em redes colaborativas multi-institucionais, promoção de processos de transição agroecológicas em agrossistemas e formação e disponibilização de conhecimentos.

Palestra, mesa-redonda, debate propositivo e a elaboração de um plano de trabalho sobre produção de melancia em sistema orgânico, marcaram a programação da oficina, que teve a participação de 24 pessoas entre técnicos, produtores e representantes dos poderes executivo e legislativo do município. Na palestra, o pesquisador Cândido Athayde Sobrinho apresentou um laudo de avaliação de pragas e doenças na cultura da melancia produzida em Jatobá do Piauí, no território dos carnaubais. A mesa-redonda discutiu os principais desafios à produção de melancia.

Durante o evento, foi formado um comitê gestor participativo do projeto, reunindo pesquisadores e analistas da Embrapa Meio-Norte, técnicos e produtores da região. O comitê vai trabalhar o planejamento e a execução de um plano de trabalho voltado à reestruturação produtiva da agricultura familiar e promoção da produção em base agroecológica no município de Jatobá do Piauí. Além do líder do projeto, analista Francisco Kim Oliveira, participaram da oficina o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Meio-Norte, Flávio Blanco; e o prefeito Dalberto Rocha.

O município de Jatobá do Piauí é o maior produtor de melancia do Estado e se destaca também no Nordeste. Mesmo com essa boa performance na produção de frutas, Jatobá do Piauí tem o Índice de Desenvolvimento Humano baixo, apenas 0,587, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD -. Desmembrado de Campo Maior, o município foi criado em 14 de dezembro de 1995, com uma área de 663,797 quilômetros quadrados, e tem hoje uma população de pouco mais de quatro mil habitantes, segundo o IBGE.