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Genética Vegetal      
Amora-preta é opção para regiões mais frias do PR
Projeto, que avalia quatro cultivares, quer oferecer alternativas de diversificação aos produtores
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Edmilson Gonçales Liberal, IAPAR
05/08/2015

O​cultivo de amora-preta pode ser boa opção para produtores familiares das regiões mais frias do Estado. É o que indicam os primeiros resultados de um estudo que o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) conduz há cinco anos na fazenda experimental que mantém no município da Lapa.

De acordo com a pesquisadora Claudine Maria de Bona, responsável pelo projeto, o estudo, realizado em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), avalia aspectos relacionados à produtividade, qualidade e à fenologia – ramo da botânica que busca compreender a relação dos fenômenos cíclicos das plantas com sua localização geográfica e as características predominantes do clima. Em uma etapa posterior será analisada também a aceitação dos frutos pelos consumidores.

Claudine explica que a amoreira-preta tem despertado o interesse dos produtores pela rusticidade, versatilidade e retorno econômico rápido. “Bem adaptadas, as plantas podem atingir alta produção já no primeiro ano após o plantio e os frutos podem ser comercializados in natura ou na forma de polpa, suco, sorvete e compotas”, explica a pesquisadora.

Ela aponta ainda que a demanda dos consumidores vem aumentando em virtude da qualidade nutracêutica da amora – contém substâncias que favorecem a saúde e reduzem o risco de doenças. “Os frutos são ricos em antioxidantes, que previnem os danos celulares causados pelos radicais livres”, esclarece Claudine.

Resultados
O projeto avalia quatro cultivares – Tupy, Guarani, Xavante e Cherokee – para oferecer alternativas de diversificação aos produtores. “Tupy é a mais plantada no País, com frutos grandes e resistentes. A Xavante possui hastes sem espinhos, o que facilita o manejo da planta no pomar”, exemplifica Claudine.

Os resultados obtidos até o momento indicam que o clima da região da Lapa é favorável ao cultivo de amora-preta, mas apontam para a necessidade de irrigação em épocas mais secas. A produtividade, em alguns casos, chegou a alcançar 26 toneladas por hectare, que é considerada excelente pelos especialistas. Tupy foi a cultivar de melhor desempenho.

Também com boa produtividade, a cultivar Xavante se destacou pelos frutos com acidez e teor de açúcar que os tornam adequados ao processamento industrial. Tupy, Guarani e Cherokee são mais apropriadas para o consumo in natura.

Nas avaliações envolvendo consumidores, os frutos da cultivar Tupy tiveram mais aceitação, com notas maiores nos atributos na percepção de aparência, textura e sabor.

O projeto terá continuidade com estudos envolvendo a incidência de doenças nas plantas e avaliações sobre congelamento e aproveitamento industrial dos frutos.

Potencial
Planta de clima frio, a amora-preta é, no grupo das chamadas ‘pequenas frutas’, a segunda espécie mais explorada no mundo, perdendo apenas para o morangueiro. Apropriada para pequenos produtores familiares, a espécie encontra condições favoráveis para o cultivo em praticamente toda a região Sul e em áreas montanhosas no Sudeste do Brasil, informa Claudine.

O Rio Grande do Sul é o maior produtor brasileiro, seguido por Minas Gerais. No Paraná são cultivados apenas 77 hectares, com uma produção de 3,2 toneladas de frutos, segundo dados relativos a 2014, obtidos pelo Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Ponta Grossa é o município que concentra a maior produção no Estado.

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