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Os bons estrategistas sabem que numa guerra é fundamental conhecer bem o inimigo e é esse é o objetivo de uma ação que está sendo realizada pelos assessores técnicos regionais (ATRs) nas fazendas dos produtores associados à Ampa (Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão). Atendendo a uma recomendação do presidente Gustavo Piccoli, os ATRs estão entregando a cada agricultor um kit de material técnico sobre o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis), considerado a praga chave da cotonicultura.
Produzido pelo Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), o material traz informações sobre o histórico do bicudo no Brasil (a praga inviabilizou a produção de algodão em estados das regiões Nordeste e Sudeste na década de 1980) e a biologia do inseto, e principalmente medidas a serem adotadas no sentido de garantir o futuro da cotonicultura em Mato Grosso, hoje o maior estado produtor de fibra no país.
Parte do material incluído no kit será lançada oficialmente no 10º Congresso Brasileiro do Algodão, a partir do próximo dia 1º, em Foz do Iguaçu (PR). É o caso do Boletim de P&D, que é um verdadeiro compêndio sobre o bicudo-do-algodoeiro nos cerrados brasileiros, realizado em parceria com várias instituições de pesquisa brasileiras. O Boletim traz um capítulo – de autoria do pesquisador Charles T. Allen do Texas A&M Agrilife e Research and Extension Center - sobre como foi conduzido o bem-sucedido programa de erradicação da praga nos Estados Unidos.
Os produtores também estão recebendo duas notas técnicas produzidas por pesquisadores do IMAmt ("Implementação de medidas para o controle efetivo" e "Ações de final de ciclo e entressafra") e duas circulares técnicas intituladas "Destruição (mecânica) dos restos culturais do algodoeiro" e "Destruição química da soqueira". Essas publicações já vêm sendo distribuídas a gerentes de fazendas produtoras de algodão e outros técnicos envolvidos no cultivo do algodoeiro, e a preocupação de ampliar o seu alcance, visa informar, auxiliar e conscientizar os produtores sobre a correta e efetiva pratica de combate ao bicudo.
Segundo Renato Tachinardi, assessor técnico do Núcleo Regional Centro (região de Campo Verde, uma das maiores e mais tradicionais de MT na produção de algodão), o combate ao bicudo representa atualmente parte expressiva dos custos de controle de pragas e ainda diminui a produção de pluma e caroço de algodão.
De acordo com Gustavo Piccoli, produtor em Sorriso (no Núcleo Regional Centro) e presidente da Ampa e do IMAmt, é fundamental neste momento de conclusão da colheita do algodão que os cotonicultores façam a destruição de soqueiras de forma eficiente e respeitem o período de vazio sanitário do algodão – duas medidas fundamentais para evitar a chamada "ponte verde", evitando a sobrevivência do bicudo e de outros insetos e patógenos responsáveis por pragas e doenças que atacam o sistema produtivo de Mato Grosso.
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