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Cevada atrai estrangeiros
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Joseani M. Antunes, Embrapa Trigo
01/09/2015

Somente durante o mês de agosto, a Embrapa Trigo recebeu duas delegações estrangeiras interessadas em conhecer os trabalhos de pesquisa com cevada. O avanço rápido no melhoramento genético e a aproximação com a indústria no desenvolvimento da cultura são alguns dos diferenciais do Brasil no mercado de cevada mundial.

O grupo de holandeses que esteve na região Norte do RS nos dias 3 e 4 de agosto são alunos de pós-graduação da Universidade de Delft, que vieram através de um projeto dedicado a identificar os potenciais da agricultura na América do Sul. O objetivo da visita ao Brasil foi entender o processo de desenvolvimento da cultura da cevada, da pesquisa ao produtor. Além de conhecer o trabalho da Embrapa Trigo (Passo Fundo, RS), os estudantes também visitaram a cooperativa Cotrijal (Não-Me-Toque, RS) e alguns produtores da região.

Nos dias 25 e 26/08, representantes do Instituto de Investigação Agronômica (IIA) de Angola vieram à Embrapa Trigo em busca de informações que permitam promover o cultivo de cevada naquele país. Pascoal Muondo e António Castame avaliaram que o Brasil serve de modelo para o plano de trabalho do governo angolano na geração de fontes alternativas de renda que criem menor dependência do petróleo. Angola conta com 10 indústrias cervejeiras instaladas no país, de origem principalmente chinesa e francesa, que dependem de matéria-prima para crescer no mercado local. "Esse empresariado demandou do governo as necessidades que poderiam ser viabilizadas através de parcerias público-privado para estabelecer um sistema nacional de produção de cevada", conta Muondo. Segundo ele, o que mais atraiu na cevada brasileira foram os cultivos em sistema irrigado e a possibilidade de produzir no Cerrado, onde o clima e a topografia se assemelha com as áreas agrícolas de Angola.

De acordo com o pesquisador António Castame, o desafio do IIA é reestruturar a instituição de pesquisa que somente foi reativada em 2002, após a série de guerras que atrasaram a geração de ciência e tecnologia no país. "Vamos formar quadros de pesquisadores em culturas como trigo, triticale, cevada e outros, para trabalharem no desenvolvimento da agricultura de Angola. Possivelmente, vamos estabelecer parcerias com a Embrapa para a capacitação e consultoria neste processo de formação de pessoal", afirma Castame.

O programa de melhoramento de cevada na Embrapa é conduzido em parceria com as indústrias de malte do país, responsáveis tanto pelo aporte de recursos na pesquisa e avaliação da qualidade, quanto pela inclusão imediata das cultivares no sistema produtivo. Como toda a safra brasileira é de cevada para malte cervejeiro com a produção pré-contratada, existe a negociação direta entre produtor e consumidor, garantindo liquidez de mercado. Através das parcerias, desde 1995 as cultivares Embrapa ocupam pelo menos 70% da área de cevada cervejeira contratada, semeada no Brasil.

O comércio internacional de cevada é de, aproximadamente, 16 milhões de toneladas. O Brasil ocupa a 16ª posição entre os produtores mundiais do cereal, com média de 300 mil toneladas/ano, mas sobe para o 7º lugar no quesito importações, com a produção nacional suprindo apenas 40% da demanda das maltarias. Na projeção de cenários do relatório Outlook Brasil/Fiesp, a demanda doméstica de cevada deverá crescer 53% até 2022. "O consumo de cevada deverá aumentar a cada ano, principalmente no consumo animal de silagem e ração. Indiferente da qualidade do malte, a cevada tem sido importante alternativa nos momentos de alta no preço do milho e da soja utilizados para alimentação animal. Na cerveja ou na ração, cevada é mercado certo", avalia o pesquisador da Embrapa Trigo Euclydes Minella.

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