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A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná reuniu, nesta terça-feira (22), representantes de cooperativas, universidades federais e estaduais, pesquisadores e extensionistas de órgãos públicos ligados ao meio ambiente para discutir e unificar as recomendações técnicas para adoção de medidas de conservação dos solos e água. “Para que sejam medidas duradouras, a percepção do problema tem que ser comum a todos os envolvidos”, disse o secretário Norberto Ortigara, na abertura do encontro.
Ele lembrou aos participantes que o Paraná já foi considerado referência em conservação de solos e água no final da década de 80 e início da década de 90. Naquele período, os produtores adotaram as técnicas recomendadas, como plantio direto com qualidade, terraceamento, murunduns, que contribuíram para o avanço da produtividade das lavouras de grãos.
Essas técnicas foram abandonadas gradativamente ao longo do tempo. “Muitos produtores abandonaram as práticas e a conservação de solos e água no Estado voltou a ser ameaçada. Ou cuidamos desse patrimônio, que será utilizado pelas próximas gerações, ou perderemos todos”, afirmou Ortigara.
Reversão
Por força de lei, através da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), ou por meio de recomendações técnicas que precisam ser adotadas por todos os envolvidos, rapidamente, para evitar prejuízos a todos. Com um solo degradado, o produtor perde em produtividade de sua lavoura e em renda.
Ortigara destacou que a reunião de representantes de vários órgãos e entidades envolvidas com a agricultura e meio ambiente representa o que há de melhor em conhecimento técnico e pode ajudar o Parana avançar novamente.
Mesmo entendimento
A professora Nilvânia Aparecida de Mello, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, coordenadora do encontro, reforçou a importância de as entidades chegarem a um consenso sobre os problemas decorrentes da falta de conservação de solos e água. “Se todos aqui, perceberem o mesmo problema, então é por aí que devemos iniciar as ações”, disse.
Para Nilvânia de Mello, de nada adianta fazer as recomendações técnicas para a conservação de solos e água se todas as entidades não tiverem um mesmo entendimento dos problemas. “Essa discussão tem como finalidade harmonizar nossa percepção, nosso entendimento e como vamos enfrentar os problemas”, destacou.
Ela disse ser fundamental que os técnicos, acadêmicos e pesquisadores tenham a mesma percepção que profissionais de cooperativas e da assistência técnica oficial, que vivem os problemas no dia a dia.
Participaram do encontro representantes da Emater, Iapar, Adapar, Sanepar, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, Universidade Federal do Paraná, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Universidade Estadual de Londrina, Universidade Estadual de Maringá, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Unicentro, Unioeste, Ocepar, Faep e das cooperativas.
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