dia de campo

a
Esqueceu a senha?
Quero me cadastrar
     25/04/2024            
 
 
    
Sanidade Vegetal      
Fungos e bactérias são aliados no combate a doenças do arroz
Evidências científicas indicam que espécies são benéficas aos vegetais
Comente esta notícia Envie a um amigo Aponte Erros Imprimir  
Rodrigo Peixoto de Barros, Embrapa Arroz e Feijão
15/02/2016
 
Extratos naturais e microrganismos, como fungos e bactérias, poderão ser as novas armas para combater e evitar enfermidades do arrozal. Cientistas estão identificando essências vegetais e microrganismos mais adequados ao combate a doenças e a insetos-praga e pesquisando sua aplicação na lavoura. Os especialistas procuram matérias-primas naturais que possam ser usadas na formulação de novos bioprodutos.
 
A pesquisa está voltada à investigação dos gêneros Trichoderma, Cladosporium, Epicoccum e de bactérias (rizibactérias e actinomicetos), além do fungo micorrízico Waitea circinata. Todos vivem no solo ou na parte aérea da planta, em interação com as raízes e folhas do arroz, sem causar danos ao vegetal. Evidências indicam que essas espécies são benéficas aos vegetais, o que será verificado cientificamente pelo projeto. O trabalho reúne especialistas da Universidade de Brasília (UnB), Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Universidade Federal de Goiás (UFGO), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Embrapa.
 
Esses fungos e bactérias são reconhecidamente antagonistas de duas das principais doenças da cultura, a brusone e a queima-da-bainha, e de insetos-pragas como lagartas (Spodoptera frugiperda), percevejos do grão (Oebalus poecilus), do colmo (Tibraca limbativentris) e de brocas (Diatra saccharalis e Rubela albinella), presentes tanto no sistema produtivo de terras altas como em várzeas tropicais e subtropicais do País.
 
"O desafio no momento é aprofundar o conhecimento, por meio da identificação e caracterização dos inimigos naturais para se chegar àqueles mais eficientes para o controle de doenças e insetos-pragas do arroz", disse a pesquisadora da Embrapa Marta Cristina Corsi de Filippi, que coordena a pesquisa.
 
Ela explica que, em uma segunda etapa, o estudo abrangerá a compreensão de quais mecanismos bioquímicos envolvidos na defesa da planta são ativados por esses agentes biológicos, fazendo com que o arroz possa suportar o ataque de brusone, da queima da bainha e de alguns insetos-pragas. A pesquisa buscará ainda, por meio de testes no campo e em laboratório, gerar formulações, dosagens e métodos de aplicação dos bioagentes e de extratos vegetais.
 
Marta Cristina afirma que essa pesquisa é importante para se obter mais alternativas que fortaleçam, nos sistemas orizicultores, o manejo integrado de doenças e insetos-pragas (MIP). Esse manejo consiste na associação de diferentes técnicas agronômicas para manter a sanidade das lavouras em níveis toleráveis, a fim de assegurar que não existam danos econômicos à produção.
 
A perspectiva é que a pesquisa dure quatro anos e os produtos de origem biológica estejam validados por volta de 2019. Eles irão se somar a outras opções para o controle de pragas, dentre elas, o uso de cultivares mais resistentes.
 
Menos defensivos químicos
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o uso de agrotóxico no Brasil, de modo geral, mais que dobrou entre 2002 e 2012, crescendo de 2,7kg por hectare para 6,9kg por hectare. Esse dado leva em conta a comercialização total de defensivos químicos a cada ano e não faz distinção entre as diferentes culturas. Com alternativas aos químicos, a cultura do arroz poderá reduzir o consumo de agrotóxicos, promovendo ganhos ambientais e econômicos.
 
Controle biológico
O trabalho com os agentes biológicos está focado no manejo integrado de doenças e de pragas do arroz (como a brusone, a queima-da-bainha, lagartas, percevejos do grão e do colmo e das brocas). Essa forma de combater as pragas, por meio da atuação de um agente já existente na natureza, é um exemplo do chamado controle biológico. Por ocorrer em níveis microscópicos, essa ação muitas vezes passa despercebida. No entanto, são esses agentes naturais que restabelecem o equilíbrio dos agroecossistemas.
Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
Ainda não existem comentários para esta matéria.
Para comentar
esta matéria
clique aqui
sem comentários

Conteúdos Relacionados à: Rizicultura
Palavras-chave

 
11/03/2019
Expodireto Cotrijal 2019
Não-Me-Toque - RS
08/04/2019
Tecnoshow Comigo 2019
Rio Verde - GO
09/04/2019
Simpósio Nacional da Agricultura Digital
Piracicaba - SP
29/04/2019
Agrishow 2019
Ribeirão Preto - SP
14/05/2019
AgroBrasília - Feira Internacional dos Cerrados
Brasília - DF
15/05/2019
Expocafé 2019
Três Pontas - MG
16/07/2019
Minas Láctea 2019
Juiz de Fora


 
 
Palavra-chave
Busca Avançada