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Nutrição animal      
Leite: cultivar de capim-elefante BRS Kurumi é apresentada em MS
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Rubens Neiva, Embrapa Gado de Leite
11/05/2016
Desenvolvida pelo Programa de Melhoramento Genético de Capim-elefante da Embrapa, a cultivar BRS Kurumi possui alto teor nutritivo e elevada produção de forragem, o que permite ao produtor intensificar a produção de leite a pasto com menor uso de concentrado, altas taxas de lotação e excelente desempenho por animal. Por ser uma planta tropical, adapta-se a maior parte das regiões brasileiras.
 
A BRS Kurumi apresenta porte baixo e é adequada ao pastejo. A forrageira tem crescimento vegetativo vigoroso com rápida expansão foliar e intenso perfilhamento. É indicada para uso forrageiro nos biomas Mata Atlântica, Amazônia e Cerrado. A variedade foi lançada pelo programa de melhoramento vegetal da Embrapa em 2012 e tem sido adotada por produtores no Sudeste e no Sul do país. Agora, inicia a expansão nas regiões Centro-Oeste.
 
O plantio da cultivar deve ser feito no início do período chuvoso. "Para as regiões Sudeste e Centro-Oeste, o período ideal para plantar é de meados de novembro a meados de janeiro. Na região Sul, o plantio deve ocorrer na primavera", recomenta o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Carlos Augusto de Miranda Gomide.
 
Adubação e manejo
Gomide reforça que, para obter êxito no plantio da cultivar, é importante conhecer bem as características do solo. "Com base na análise química do solo, deve ser feita a calagem, para neutralização do alumínio e fornecimento de cálcio e magnésio", explica. O pesquisador adverte, ainda, que a adubação fosfatada deve ser realizada no sulco de plantio, com base no resultado da análise de solo.
 
O plantio do capim-elefante é, tradicionalmente, feito em sulcos com 20 cm de profundidade e espaçamento variando de 50 a 80 cm. A primeira adubação em cobertura deve ser realizada 60 a 70 dias após o plantio, depois do pastejo de uniformização. Esta adubação, assim como as demais no primeiro ano de cultivo, pode ser feita apenas com nitrogênio e potássio. A partir do segundo ano, recomenda-se a inclusão de fósforo na adubação em cobertura.
 
Gomide salienta que o capim-elefante é extremamente exigente em fertilidade de solo. "Dessa forma, a falta de adubações de manutenção é uma das principais causas de degradação das pastagens e insucesso no seu uso", ressalta. Outro aspecto fundamental é que a cultivar BRS Kurumi é suscetível ao ataque de cigarrinha-das-pastagens, portanto não é recomendado o cultivo em áreas com histórico de infestação de cigarrinhas.
 
O manejo correto de plantas daninhas na implantação e condução do capim-elefante é de grande importância, uma vez que a cultura é muito sensível na sua fase inicial de crescimento. A cultura é instalada no período chuvoso, que por sua vez coincide com temperaturas altas, fato que favorece o surgimento de espécies daninhas.
 
Produção
O valor nutritivo é um dos pontos fortes dessa cultivar. Segundo as pesquisas, os teores de proteína bruta (PB) têm variado entre 18% e 20% e os coeficientes de digestibilidade entre 68% e 70%. Devido ao alto teor proteico da forragem, recomenda-se, durante o período chuvoso, apenas a suplementação energética dos animais, a fim de possibilitar maior ganho de peso e/ou produção de leite. "Desta forma, essa cultivar se apresenta como uma importante alternativa forrageira para a intensificação da produção de leite a pasto, permitindo altas taxas de lotação e excelente desempenho por animal".
 
O método de pastejo recomendado para a exploração a pasto do capim-elefante é o de lotação rotacionada. Preconiza-se a entrada dos animais quando o pasto apresentar entre 75 e 80 cm de altura e a retirada deles quando o rebaixamento atingir 35-40 cm. Durante o período chuvoso e com uso de adubação em cobertura após cada ciclo de pastejo, o período de descanso dos piquetes tem sido de 22 dias.
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