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Tecnologia      
Tecnologia italiana é utilizada na pecuária no ES
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Tatiana Caus, Incaper
17/05/2016
 
Uma tecnologia denominada “Silo Cincho”, de origem italiana, começou a ser utilizada por produtores rurais de Ecoporanga, no Noroeste do Estado do Espírito Santo, e está sendo muito bem avaliada pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). A nova técnica traz inúmeros benefícios como baixo custo de produção, fácil manuseio, requer menos máquinas e mão-de-obra e conserva forragens volumosas preparando a alimentação dos animais do campo nos períodos de seca.
 
O Silo é uma forma metálica, de 0,5 m de altura e 1,5 m de diâmetro, e funciona a partir de um processo chamado ensilagem, onde todos os tipos de gramíneas - como cana-de-açúcar, capim Cameron, Napiê, mandioca, por exemplo - são colocados nessa forma, que em seguida, deve ser apenas pisoteada pelo agricultor para que tome o formato. As medidas são feitas de acordo com as necessidades dos produtores e até mesmo de agilidade de transporte das peças que compõem o silo cincho.
 
O extensionista do Incaper, o zootecnista Lázaro Samir Abrantes Raslan, ficou motivado com a oportunidade e já assiste algumas propriedades no município de Ecoporanga em que produtores já adotaram a tecnologia. Segundo ele, o escritório local do município já empresta a forma do Silo Cincho aos pequenos produtores e fazem a demonstração do método em dias de campo e visitas técnicas que envolvem as atividades de assistência técnica dos agentes de desenvolvimento do Incaper.
 
“O produtor consegue armazenar até duas toneladas com essa forma e em uma altura de 1,5 cm, já se armazena duas toneladas de silagem para os animais e esse material só deverá ser utilizado após trinta dias, mas o ideal é que seja utilizado no período da seca”, explicou Lázaro.
 
Ele destacou que o período de entressafra de forrageiras, causa sérios problemas ao criador, acarretando prejuízos em decorrência da quebra na produção de leite, perda de peso do gado, diminuição da fertilidade, enfraquecimento geral do rebanho e, até mesmo, morte em casos mais graves. Por isso, o uso da tecnologia deve ser adotado para evitar aqueles efeitos danosos, sendo a conservação das forrageiras e dos seus excessos nos períodos de fartura bem como das sobras de culturas existentes na propriedade em um processo seguro, de baixo custo e capaz de amenizar o problema da seca nesse caso.
 
Lázaro Raslan reforçou, também, que o armazenamento de forragens é o caminho certo para se elevar os índices produtivos da pecuária regional. “Uma vez que o produtor decida adotar a nova técnica, é necessário que ele tenha em mãos as informações de como fazê-la. A eficiência da ensilagem como alternativa para enfrentar a escassez de forragens nos períodos de seca é mencionada em antigos e atuais estudos de viabilidade da pecuária regional”.
 
Utilização racional do “Silo Cincho”
Entre alguns aspectos importantes para a utilização racional do silo cincho, é necessário lembrar que a tecnologia deve ser planejada para curtos períodos de armazenamento - preparação no período chuvoso para utilização no período seco; ela é indicada para criadores com pequenos rebanhos que possam, por exemplo, armazenar dois a três cortes de suas capineiras, não utilizadas no período chuvoso.
 
Recomenda-se uma altura máxima de 2,0m para o silo cincho, podendo ser confeccionados silos menores com pelo menos 1,0m de altura.
 
Quando atingir a altura desejada, recomenda-se que a forragem compactada sobre o topo tenha uma forma arredonda ou em meia-lua, o que irá proporcionar um maior contato da lona com o volumoso durante a vedação, evitando também o acúmulo de água sobre o silo.
 
Atingida a altura desejada, basta desmontar o aro e fazer uma vala contornando a base do silo, para que as extremidades da lona sejam enterradas durante a vedação. Lonas de boa qualidade devem ser utilizadas. Um tamanho de 8x8m será o suficiente para cobrir um silo de 2,0m de altura por 2,0m de diâmetro.
 
Durante a vedação, deve-se fixar primeiramente a lona na parte superior, utilizando-se cordas ou cordões que sejam resistentes a ação do tempo e não danifiquem a lona (não contenham farpas ou partes pontiagudas) e, em seguida, continuar amarrando de cima para baixo (proporcionando uma maior retirada do ar) até a vedação final na base, fixando-se as extremidades da lona, dentro da vala, utilizando-se terra.
 
Após a vedação, o silo deve ser protegido de animais e deve ser vistoriado periodicamente, para reparar possíveis danos na lona. Um período de no mínimo 30 dias deve ser respeitado, após a vedação, antes da abertura do silo. Durante a retirada da silagem, devem ser eliminadas eventuais partes estragadas, principalmente aquelas com presença de fungos.
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