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Pecuária    
Fepagro estuda intensificação da produção de forragem nas pastagens naturais
Práticas, além de possibilitarem diminuir o impacto da sazonalidade na produção de forragem, podem promover melhoria da qualidade nutricional da dieta dos animais ao longo do ano
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Elaine Pinto, Fepagro
07/07/2016

Medidas para possibilitar o uso consciente das pastagens naturais do bioma Pampa na pecuária são temas de linhas de pesquisa conduzidas dentro da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Sul (Fepagro). Seu Centro de Pesquisa localizado em São Gabriel, especializado na área de forrageiras, têm desenvolvido estudos com o intuito de aplicar estratégias que representam níveis de intensificação no manejo das pastagens naturais a partir do correto manejo da lotação animal.

As principais limitações da pecuária em pasto natural, de acordo com o pesquisador Júlio Kuhn da Trindade, são a sazonalidade da produção de forragem, queda na qualidade nutricional do pasto durante os meses mais frios do ano e a falta de nutrientes no solo. “O solo sem nutrientes interfere na quantidade e qualidade de forragem produzida não apenas no outono e inverno, mas ao longo de todo ano”, completa.

Com ajuste da lotação animal e a adoção de práticas como correção da acidez e fertilização do solo, além da sobressemeadura de espécies forrageiras de inverno, como azevém e trevos, é possível incrementar a produção de forragem. Essas práticas, além de possibilitarem diminuir o impacto da sazonalidade na produção de forragem, podem promover melhoria da qualidade nutricional da dieta dos animais ao longo do ano. Em estudo conduzido pela Fepagro, foram constatados valores de digestibilidade da forragem consumida pelos animais até 15% superiores na comparação entre as estratégias adotadas. “Isso denota o impacto tanto no desempenho produtivo dos animais, como também determina menores emissões entéricas de gases lançadas no ambiente por quilo de peso vivo produzido”, avalia Júlio.

Dados publicados pelos pesquisadores Júlio Trindade e Diego de David no Congresso Brasileiro de Zootecnia, realizado este ano em Santa Maria, apontam que, no primeiro ano de aplicação dos tratamentos, o nível de maior intensificação, com sobressemeadura de azevém e adubação nitrogenada, possibilitou incrementar em 70% o acúmulo de forragem no período entre agosto de 2015 e fevereiro de 2016. A recria de novilhas da raça Braford em pastagem natural com introdução de azevém e adubação nitrogenada – ou introdução de trevos, em vez da adubação nitrogenada –, apresentaram valores de ganho médio diário 44% superiores, em comparação aos mantidos em pastagens apenas com ajuste de lotação e pastagem natural com adubação de base.

O experimento está em seu segundo ano de avaliações após aplicação dos tratamentos. Mensalmente, são monitoradas as condições dos pastos – massa de forragem, altura do pasto, ocorrência de touceiras e capim-annoni – e desempenho animal. A cada seis meses, são realizadas avaliações para acompanhar a dinâmica dos nutrientes no perfil do solo, assim como avaliações anuais da composição florística. Ao longo do próximo ano, serão conduzidas mais duas avaliações de monitoramento do comportamento ingestivo das novilhas e determinações do consumo e qualidade da forragem. “Com base nessas informações, poderemos não apenas identificar que manejos são mais interessantes do ponto de vista produtivo e ambiental, mas também investigar as razões das respostas obtidas”, destaca Júlio.

Controle do capim-annoni
Outro aspecto estudado pelo Centro de Pesquisa é se e como o manejo da fertilidade do solo e sobressemeadura de azevém e trevos impactam na ocorrência de capim-annoni na pastagem natural. Os resultados preliminares têm revelado que o sistema com leguminosas atende à melhoria produtiva e estabiliza a ocorrência de capim-annoni. “Somente a continuidade do monitoramento ao longo do tempo nos permitirá estabelecer os processos no ambiente a fim de avaliar a resposta ao impacto das estratégias”, completa o pesquisador. Um novo projeto vai buscar saber como a cobertura de capim-annoni responderá a esse manejo num prazo superior a três anos.

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