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A falta de chuvas é um problema recorrente em diversas regiões do Brasil, dificultando o trabalho dos produtores rurais. Em Mato Grosso, por exemplo, a produção de milho 2ª safra foi a pior em cinco anos, causando prejuízos e obrigando os produtores a abandonarem as lavouras. Segundo dados do INMET – Instituto Nacional de Meteorologia, praticamente não choveu entre abril e julho.
Alexandre Nascimento, meteorologista da Climatempo, explica que com a chegada da primavera, o que se espera é o retorno da chuva de forma regular. No mês de outubro, deve chover perto da normalidade no norte e nordeste e em novembro, a expectativa é de mais pluviosidade do que o normal.
O nordeste do estado foi a região mais afetada, registrando queda de 58,85% em comparação com a safra anterior. Levantamentos realizados pelo IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) mostram que a área semeada e não colhida foi de 177,7 mil hectares, ou seja, 4,19% da área total. A queda na produção praticamente anulou os investimentos tecnológicos feitos no campo.
Alexandre Schenkel, diretor administrativo da Aprosoja - Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso, explica que o milho precisa de muita umidade para se desenvolver, por isso o prejuízo foi tão grande. “A seca pegou um período importante da cultura e algumas lavouras nem chegaram a produzir. O maior risco é durante o pendoamento (início da fase reprodutiva) e o enchimento do grão, por volta dos 60 dias de cultura”, afirma.
Como o milho precisa de clima ameno e úmido, os produtores devem se planejar para evitar prejuízos na próxima safra. “É importante que chova entre outubro e abril, garantindo o desenvolvimento completo da planta”, conta o especialista. Outra opção é plantar diferentes culturas que dependem menos das chuvas, como o sorgo.
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