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Elaine Pinto, Fepagro RS
27/09/2016
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O tipo de plantio, manejo de solo, a ausência ou presença de irrigação, a utilização de mais de uma espécie em sucessão, rotação ou consórcio: todas são variáveis que determinam a incidência ou não de determinadas doenças no milho. Este foi o tema da palestra apresentada pelo professor Ricardo Trezzi Casa, da Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc), no primeiro dia do 31° Congresso Nacional de Milho e Sorgo, com mediação do pesquisador da Fepagro Sergio Lannes Dias.
De acordo com o professor, a diversidade de sistemas de produção do milho no Brasil influencia na intensidade de doenças das lavouras. “Em cada sistema de cultivo, há prevalência de alguns fitopatógenos específicos, em virtude da manutenção e aumento da densidade e potencial de inoculo”, detalhou.
Como exemplo, ele citou a monocultura de milho em sistema plantio direto em solo compactado e com baixa fertilidade, que tem se mostrado uma situação preocupante no manejo de doenças do colmo no cultivo de segunda safra na região Centro-Oeste. Já a semeadura de milho em sucessão aos cereais de inverno na região Sul afeta a estabilidade da produção, pelos danos causados por doenças do colmo e da espiga. “De qualquer forma, independentemente do sistema de cultivo, o genótipo, a sanidade da semente e o controle químico têm papel fundamental”, alertou.
Casa defende que mais estudos específicos sejam realizados para correlacionar as doenças com outras variáveis, como arranjo e população de plantas, época e escalonamento de semeadura, sistemas de adubação, métodos de irrigação e épocas e técnicas de colheita. “São exemplos de estratégias conjuntas a serem mais exploradas nos diferentes sistemas de produção, visando o manejo integrado de doenças do milho”, finalizou.
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