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Cristina Tordin, Embrapa Meio Ambiente
27/10/2016
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Pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariuna, SP) participaram do IV Seminário e do II Workshop da Rede AgroHidro, em Brasília, de 17 a 21 de outubro. O evento reuniu especialistas da área de recursos hídricos da Embrapa e de diversas instituições parceiras de todo o País.
No Seminário, cujo tema foi "Água e Agricultura: incertezas e desafios para a sustentabilidade frente às mudanças do clima e do uso da terra", foram apresentados resultados de pesquisa da Rede e palestras relacionadas à interface Recursos Hídricos & Agricultura. O II Workshop interno da Rede, foi restrito a membros do projeto e convidados, e foram discutidos os resultados obtidos e projetosos futuros.
O objetivo principal da rede AgroHidro é "contribuir para a interação entre profissionais e instituições nacionais e estrangeiras na busca de soluções voltadas à sustentabilidade nas relações entre os recursos hídricos e as cadeias produtivas agropecuárias e florestais e à melhoria da qualidade de vida dos produtores rurais e da população em geral, promovendo o avanço do conhecimento e das tecnologias para o uso eficiente da água".
Foram apresentados trabalhos sobre avaliação do modelo climático regionalizado do modelo EtaHadGEM2-ES para as bacias dos rios Paracatu, São Marcos, Jaguaribe e Alto Rio Paraguai-Pantanal. Os trabalhos são de autoria dos pesquisadores Alfredo Luiz e Aline Maia em parceria com os pesquisadores Carlos Padovani e Balbina Soriano da Embrapa Pantanal (Corumbá, MS) e Rubens Gondim, da Embrapa Agroindústria Tropical (Forteleza, CE), com a participação do bolsista Arthur Marques, estudante do curso de Geografia da Universidade Federal do Ceará.
Projeções de variáveis climáticas, em geral, apresentam vieses importantes que requerem uma avaliação criteriosa numa etapa de pré-processamento, anterior ao seu uso em estudos de avaliação de impacto de mudanças climáticas. Nesse contexto, os ‘vieses' correspondem a desvios entre projeções retrospectivas da variável de interesse e respectivos valores da base de dados CRU, obtidos por interpolação de dados observados.
De acordo com os pesquisadores, "o conhecimento do padrão espacial dos vieses permite avaliar a destreza do modelo na bacia de interesse, investigar fatores explicativos dos padrões e contribuir para escolha de métodos de correção nas situações onde esse procedimento seria recomendável".
Os pesquisadores concluem que, de um modo geral, para as bacias estudadas, quando são consideradas as médias mensais na sub-região, ignorando assim a distribuição espacial, o modelo EtaHadGEM2-ES reproduz adequadamente o ciclo anual da chuva. No entanto, em relação aos padrões espaciais e inter-anuais, as projeções do modelo apresentam, em geral, baixa consistência com os dados observados. Assim, recomenda-se que o uso desse modelo é adequado para aplicações que usem a informação sobre o padrão sazonal das chuvas. Para outras aplicações onde a distribuição espacial e temporal da chuva é fundamental, as projeções dos modelos ainda apresentam muitas limitações.
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