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Sistemas de Produção      
ILPF como alternativa para diminuição do uso do fogo
A adoção de sistemas ILPFs tem sido uma prática crescente no Brasil. Para que esses sistemas não sejam perdidos ao longo do tempo é necessário fazer um bom planejamento com base no diagnóstico da propriedade agrícola
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Liane Ferreira e Joanne Régis, pesquisadoras da Embrapa Amazônia Ocidental
08/12/2016

Há uma demanda crescente por informações sobre tecnologias agropecuárias que melhorem a produtividade, agreguem valor aos produtos, diminuam ou mesmo evitem o uso do fogo. O manejo do fogo de forma inadequada tem levado à perda de grandes áreas de floresta e outras coberturas vegetais, gerando importantes problemas ambientais, econômicos e sociais, como a diminuição da qualidade do ar, a perda de plantios e de áreas com alta diversidade biológica, degradação do solo e declínio da produtividade agrícola.

Esforços para combater o problema têm sido implementados. A Embrapa, por exemplo, tem realizado pesquisas em busca do manejo sustentável dos diferentes sistemas que compõem a realidade da agricultura brasileira, visando à diminuição ou total eliminação do uso do fogo. Grupos de pesquisa têm buscado alternativas de preparo de área e melhoria na produção de áreas já abertas, procurando desenvolver sistemas de produção que prolonguem o tempo de uso do solo e gerar informações e resultados científicos sobre mitigação de impactos ambientais.

E, um dos sistemas que despontam dentro dessa linha, é a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), um tipo de plantio em que se combina o componente arbóreo, a cultura agrícola e a pastagem com a introdução de animais. O pasto é formado após a colheita da lavoura, o que garante a oferta de alimento para os animais. E se obtém uma renda futura, com a madeira. Isso resulta em retorno econômico a pequeno, médio e longo prazos.

A adoção de sistemas ILPFs tem sido uma prática crescente no Brasil. Para que esses sistemas não sejam perdidos ao longo do tempo é necessário fazer um bom planejamento com base no diagnóstico da propriedade agrícola, onde são conhecidas a infraestrutura disponível, as atividades desenvolvidas, nível de gestão do empreendimento, disponibilidade de mão de obra, fontes de renda, aspectos edáficos e mercadológicos e interesses e planos da família. Isso é importante para a fundamentação das escolhas.

O manejo adequado dos componentes agrícola, florestal e forrageiro é de fundamental importância para o sucesso do sistema e envolve procedimentos diferenciados para cada componente a fim de obter uma produção otimizada.

Partindo-se da premissa de incremento de tais áreas com a inserção do componente arbóreo é necessário observar algumas características desejáveis para uma melhor interação: o porte das árvores mais adequado em pastagens; a forma e densidade da copa, a regeneração e tolerância ao fogo; a qualidade do fuste (forma do tronco para corte); o potencial forrageiro e tóxico dos frutos; a velocidade de crescimento; o valor comercial da madeira; e se há oferta de produtos não madeireiros.

Nos projetos da Embrapa tem-se verificado que os produtores não veem a inserção do componente arbóreo como perda de espaço, mas percebem ganhos futuros com a introdução desse componente junto à lavoura e pecuária, buscando a obtenção de madeira e outros benefícios, além de gerar renda e trabalho por maior período de tempo. Como espécies florestais mais utilizadas em pastagens temos: o Eucalipto spp.; Grevilea robusta, Pinus spp, Teca (Tectona grandis), cedro australiano, mogno africano (Kaya ivorensis), canafístula (Pelthophorum dubium), paricá (Schizolobium amazonico) e Acacia mangium. Plantadas junto às variedades de milho, feijão, sorgo, arroz e outras culturas anuais e forrageiras como a Brachiaria spp., em desenhos compatíveis com a área e necessidades de cada produtor.

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