dia de campo

a
Esqueceu a senha?
Quero me cadastrar
     16/04/2024            
 
 
    
Meio Ambiente  
Equipe analisa impacto ambiental do cultivo da seringueira no estado de São Paulo
Áreas são constituídas por solos mais pobres do ponto de vista da fertilidade e mais suscetíveis à erosão
Comente esta notícia Envie a um amigo Aponte Erros Imprimir  
Cristina Tordin, Embrapa Meio Ambiente
27/12/2016

As áreas ocupadas com seringueira no Estado de São Paulo são predominantemente constituídas por solos de textura média, mais pobres do ponto de vista da fertilidade e mais suscetíveis à erosão. Por isso, requerem atenção especial quanto às práticas de uso e manejo.

O cultivo da seringueira, também chamada heveicultura, no Estado de São Paulo iniciou-se na década de 70, fruto de uma política pública formulada e conduzida pela Secretaria de Agricultura do Estado, com objetivo de propor uma nova alternativa agrícola para os produtores paulistas, em substituição às culturas de menor rendimento ou mesmo à agricultura de subsistência que predominava no meio oeste do Estado. Ao longo de quatro décadas, foi observada boa evolução na área cultivada, chegando em 2003 a 44 mil ha, correspondentes a 20,3 milhões de pés, distribuídos por 2.550 Unidades de Produção Agropecuária (UPAs). Porém, de 2003 até os dias atuais não houve processo de evolução do setor.

Considerando este cenário e a importância do seu cultivo para a economia brasileira, foi proposto um trabalho de pesquisa pela Embrapa, com o envolvimento das Unidades Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) e Embrapa Monitoramento por Satélite (Campinas, SP), o Projeto Geohevea, com o objetivo de avaliar o impacto ambiental dessa cultura e, consequentemente, a sua sustentabilidade, considerando o seu histórico.

Os seringais paulistas foram implantados e continuam concentrados no Planalto Ocidental do Estado, principalmente nas regiões administradas pelos Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDRs) de São José do Rio Preto, Barretos, General Salgado, Catanduva, Marília, Tupã e Votuporanga, que totalizam 67,0% da área plantada. A área selecionada para estudo situa-se no município de Planalto e faz parte do Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) de São José do Rio Preto.

O pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Marco Gomes explica que o estudo consiste principalmente em avaliar as propriedades físicas e químicas do solo cultivado com a seringueira e compará-las com as propriedades do solo, do mesmo tipo, onde há cobertura com pastagem e com mata nativa. “Assim, tem-se uma boa referência, principalmente com a mata nativa, considerada o tipo de cobertura com impacto negativo, igual ou próximo de zero”, esclarece.

As áreas de estudos encontram-se a 3km do centro de Planalto, sendo que as três coberturas - seringueira, pastagem e mata nativa, estão sobre o mesmo tipo de solo.

Os experimentos foram instalados em agosto de 2016 e consistiram, inicialmente, na caracterização do solo, com abertura de perfis, descrição e coleta de amostras para determinação de suas propriedades morfológicas, físicas e químicas, sob as coberturas de seringueira, pastagem e mata nativa.

Ainda conforme Gomes, como auxílio na avaliação das taxas de perdas de solos para cada tipo de cobertura vegetal, foram instaladas parcelas de 1m acopladas a um recipiente para armazenar as perdas de solo e de água pelas chuvas, previsto para duração de um ciclo de 12 meses. A cada evento de precipitação igual ou maior que 5mm, realiza-se a coleta com o envolvimento dos parceiros da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) de Planalto.

Lauro Pereira, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e também integrante da equipe explica que o trabalho ainda propõe comparar as características morfológicas, físicas e químicas do solo sob os três tipos de cobertura, a partir de análises e amostras coletadas no perfil, como também avaliar e comparar as perdas de solo e de água para cada cobertura. Tais comparações mostrarão se a seringueira apresenta maior ou menor poder de impacto ambiental, como também se possui comportamento direcionado para a sustentabilidade da heveicultura.

Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
Ainda não existem comentários para esta matéria.
Para comentar
esta matéria
clique aqui
sem comentários

Conteúdos Relacionados à: Notícia
Palavras-chave

 
11/03/2019
Expodireto Cotrijal 2019
Não-Me-Toque - RS
08/04/2019
Tecnoshow Comigo 2019
Rio Verde - GO
09/04/2019
Simpósio Nacional da Agricultura Digital
Piracicaba - SP
29/04/2019
Agrishow 2019
Ribeirão Preto - SP
14/05/2019
AgroBrasília - Feira Internacional dos Cerrados
Brasília - DF
15/05/2019
Expocafé 2019
Três Pontas - MG
16/07/2019
Minas Láctea 2019
Juiz de Fora


 
 
Palavra-chave
Busca Avançada