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Rosana Persona, Empaer-MT
26/01/2017
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Para controlar a brusone (Magnaporthe oryzae), doença que ataca o arroz de Terras Altas e causa prejuízo significativo na produção e qualidade dos grãos, a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) em parceria com a Embrapa Arroz e Feijão, implantou experimentos de pesquisas no município de Paranatinga (373 km ao Sul de Cuiabá). E dentre as práticas culturais, foi realizada a aplicação de silício, elemento capaz de reduzir o índice de infestação da doença na cultura do arroz.
O pesquisador da Empaer e chefe do setor de fitopatologia, Napoleão Silvino de Souza, esclarece que os experimentos foram testados na região que é produtora de arroz e com incidência da doença. O trabalho de pesquisa “Efeito do silício na redução da severidade da brusone em arroz” teve como objetivo verificar a influência da adubação silicatada. Segundo Napoleão, a redução da doença pelo uso de silício tem sido verificada em diversas espécies de plantas.
De acordo com o pesquisador, métodos de controle para viabilizar a cultura, como o uso de fungicidas, sementes sadias, rotação de cultura, cultivares resistentes e práticas culturais são as principais medidas empregadas para o manejo integrado da doença. As práticas culturais podem ser utilizadas como métodos de controle eficiente e ainda apresentam aspectos de preservação do meio ambiente e da saúde humana. “A aplicação de silício no solo que confere resistência a doença pela formação de uma barreira física”, enfatiza.
Ele destaca que a avaliação da brusone nas folhas foi feita 33 dias após o plantio da cultivar AN Cambará. E a aplicação de silício reduziu em média o Índice da Doença (ID) de 5,6 para 4,6. E durante as pesquisas foi verificado que a aplicação de 1000 quilos por hectare de agrosilício foi capaz de reduzir o índice da doença.
Na última semana, o pesquisador Napoleão e o técnico agrícola da Empaer, Emir Feguri, visitaram o experimento no município de Paranatinga para limpeza da área e avaliação da brusone nas folhas. Esse experimento foi plantado no mês de dezembro e a colheita será em março. “Acredito que no mês de abril os dados sobre produtividade, qualidade dos grãos, infestação e outros estarão disponíveis para os produtores da região”, explica Napoleão.
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