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Agroenergia  
Projeto Pluricana reúne 22 instituições públicas de pesquisa e ensino
Objetivo é constituir uma rede de pesquisa, desenvolvimento e inovação em cana, integrando e ampliando a base genética utilizada pelos programas de melhoramento
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Carla Gomes, Embrapa Agroenergia
04/05/2017

Os dez milhões de hectares de cana-de-açúcar plantados no Brasil são sustentados pelos pacotes tecnológicos desenvolvidos por três programas de melhoramento genético da cultura – dentre eles o mantido pelo Instituto Agronômico (IAC), onde foi feito o lançamento de um grande projeto de pesquisa para a cana-de-açúcar, destinado a atender ao setor de energias renováveis. Trata-se do Programa Plurianual Integrado de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em Cana-de-açúcar (Pluricana). O evento, realizado em 15 de março de 2017, em Campinas, interior paulista, reuniu representantes de 22 instituições públicas de pesquisa e ensino. “Nesta reunião, está expressiva parte da inteligência do melhoramento genético de cana no Brasil”, disse o pesquisador e líder do Programa Cana IAC, Marcos Guimarães de Andrade Landell.

Na reunião de lançamento do Pluricana, o grupo tratou dos próximos passos do projeto, ações e prazos, incluindo a liberação de recursos, que são da ordem de R$ 16 milhões, vindos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O projeto, aprovado em dezembro de 2012 e liberado em dezembro de 2016, terá duração de dois anos e meio.

O objetivo do Pluricana é constituir uma rede de pesquisa, desenvolvimento e inovação em cana, integrando e ampliando a base genética utilizada pelos programas de melhoramento. Dentre os participantes do projeto, há dois institutos estaduais — o IAC e o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) —, sete unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), dez universidades ligadas à Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa) e três universidades estaduais.

O Pluricana envolve ações ligadas ao melhoramento genético convencional e assistido da cana-de-açúcar, introdução e quarentena de plantas, sistemas de produção e biotecnologia avançada em cana. Os estudos englobam ainda soluções para a cogeração de energia, com culturas como Arundo donax (cana gigante), capim-elefante, casca de coco-verde, sorgo sacarino e sorgo biomassa. Há também estudos na linha de fitossanidade e fixação biológica de nitrogênio. No projeto, estão previstos recursos para ampliação e manutenção das estações de cruzamento genético do Instituto Agronômico, localizada na Bahia, e da Ridesa.

“Precisamos ter ações conjuntas, cooperativas e estratégicas para que sejamos produtores de tecnologias que ajudem a sustentar esse setor tão importante para o Brasil”, destacou Landell.

O coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), Orlando Melo de Castro, ressaltou, durante o lançamento do Programa, a importância de aproveitar a expertise das diferentes instituições envolvidas no Pluricana, inclusive pela necessidade de desenvolver variedades de cana específicas para cada região. “Tão importante quanto o start do projeto é o desenvolvimento em grupo; a pesquisa avança para um grau de refinamento que é só é possível dar saltos com a somatória de esforços”, ressaltou.

Além do IAC, os outros dois programas de melhoramento genético da cana brasileiros são mantidos pela Ridesa e pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), que não integra o projeto Pluricana. Segundo Landell, os ganhos genéticos dos programas têm sido constantes, incorporando um pouco mais de 1% ao ano para a produtividade agroindustrial, expressa em toneladas de açúcar por hectare. “A adoção sistemática de novas variedades, significa a incorporação desses ganhos na grande lavoura, gerando assim uma canavicultura mais sustentável”, disse o pesquisador do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Durante a reunião de lançamento do Pluricana, Landell afirmou que, nos próximos 15 anos deverá ocorrer um aumento de 50% na área ocupada pela canavicultura e esta expansão deve se dar, basicamente, nas regiões de pastagens. “São áreas restritivas que precisam ser viabilizadas através de seleção de variedades regionais e isso envolverá a ação dos programas de melhoramento genético”, disse.

Pluricana realiza a 2ª reunião do Comitê Gestor na Estação de Hibridação de cana-de-açúcar em Uruçuca, Bahia

A segunda reunião do Comitê Gestor do Projeto Pluricana foi realizada na Estação de Hibridação de Uruçuca, Bahia, onde o Programa Cana IAC realiza, anualmente, a campanha de hibridação de cana. Nos dias 25 e 26 de abril de 2017, representantes do IAC, da Embrapa e da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) alinharam ações entre as instituições participantes e propuseram a formação de um Conselho Tripartide para atuação na importação, manutenção e caracterização de germoplasma de cana-de-açúcar.

Pesquisa em melhoramento genético da cana e nível de investimento no Brasil
O Projeto Pluricana tentar amenizar, de maneira parcial, o déficit de investimento existente nas instituições oficiais, sistema RIDESA e IAC, no que se refere à área de melhoramento genético. Estima-se que, na atualidade, esses investimentos, considerando as captações públicas e privadas, girem em torno de US$ 2,50, por hectare. Em 2000, os valores de investimento no Brasil eram de US$ 1,14, por hectare, enquanto na Austrália era de US$ 11,81 e no Caribe, US$ 14,44.

Atualmente, áreas de pesquisa em pré-melhoramento, por exemplo, quase não recebem recursos, comprometendo avanços significativos na cultura. Além disso, o Comitê do Projeto Pluricana constatou uma grande demanda por recursos humanos nessas instituições oficiais, somada à necessidade de melhoria das infraestruturas existentes para o desenvolvimento de pesquisa nessas áreas.

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