Emater PR, Embrapa, Iapar, Uel, Uem e Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário promoveram, 17 e 18 de maio, em Londrina, PR, uma oficina temática que discutiu ofertas e demandas dos órgãos de pesquisa, ensino e assistência técnica e extensão rural para a cadeia produtiva da olericultura no Paraná.
O engenheiro agrônomo Dant Danilo de Oliveira Macedo, do MDA, falou primeiro sobre o Plano Nacional de Inovação e Sustentabilidade na Agricultura Familiar. Em seguida, o coordenador estadual do projeto Olericultura, da Emater, engenheiro agrônomo Iniberto Hamerschmidt tratou da Situação atual da olericultura no Paraná, destacando cenários e tendências.
O extensionista mostrou a necessidade de se aumentar o consumo de olerícolas no Estado, hoje de apenas 45 quilos por habitante/ano, quando a Organização Mundial de Saúde recomenda 145 quilos por habitante/ano. Analisou, ainda, os principais gargalos do cultivo de hortaliças e também os aspectos positivos observados nesta cadeia produtiva.
Iniberto contou aos participantes que a Emater tem 213 extensionistas atuando em tempo parcial no atendimento a 8,6 mil olericultores que produzem, por ano, cerca de 4,03 bilhões de reais em olerícolas. Valor este que corresponde a 5,2% do Valor Bruto da Produção Agropecuária paranaense. Relatou que a produção da safra estadual de 2015/2016 foi de 3,08 milhões de toneladas, com aumento de 80% no comparativo com o colhido na safra de 2000. Atualmente, o Paraná tem 40 mil famílias de agricultores integradas à cadeia produtiva cultivando uma área média de 2,8 hectares.
Após as palestras, os 44 participantes se reuniram em grupos e levantaram as principais demandas, destacando entre elas: a falta de registro de agrotóxicos para olerícolas de pequeno porte (minor crops), inexistência de sementes para cultivo orgânico, necessidade de ampliação da assistência técnica e pesquisa, morosidade na liberação dos programas institucionais como PNAE e PAA, adequação dos sistemas de cultivo protegido e irrigação, falta de fiscalização quanto a resíduos de agrotóxicos e programa de rotulagem, não uso de plantio direto, deriva de herbicidas (especialmente 2,4-D), dificuldade de comercialização sem a ação do intermediário e falta de organização do produtor e da produção.
Quanto às ofertas da pesquisa, ensino e assistência técnica e extensão rural foi ressaltado: homeopatia vegetal, automatização de baixo custo de estufas e irrigação, formicidas biológicos e controle biológico de nematoides, modelos de consórcios de plantas, assistência na comercialização, produção programada, alternativas de rotação de culturas, certificação de propriedades orgânicas, produção integrada de cebola e tomate, adubação verde, entre outras.
As demandas institucionais foram especificamente quanto à falta de recursos para custeio e material humano para execução dos trabalhos.
Todas estas demandas serão encaminhadas às direções dos órgãos responsáveis para providências pertinentes.
Na abertura, a Emater foi representada pelo gerente da macrorregião Norte, Ademir Rodrigues, que destacou a importância da olericultura na Macrorregião, enfatizando que o Instituto tem 15 técnicos com mais de 50% do tempo atuando em olericultura no Norte do Paraná.
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