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Agricultura Familiar    
Workshop discute novo projeto para a Rede Reniva
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Alessandra Vale, Embrapa Mandioca e Fruticultura
04/08/2017

Representantes de mais de dez Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa e de instituições parceiras, produtores e empresários participaram, de 18 a 20 de julho, na Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Unidade da do I Workshop da Rede Reniva. O evento teve por objetivo atualizar os resultados, integrar os agentes componentes do projeto “Rede de multiplicação e transferência de manivas-semente de mandioca com qualidade genética e fitossanitária – Reniva” e propor um novo projeto em rede, com base na estrutura de modelo de negócio.

“Desde o ano passado, vimos discutindo o Reniva [criado em 2011], analisando os resultados positivos e o que não saiu exatamente como previsto, de forma a traçar a perspectiva para um novo projeto, vendo a necessidade de corrigir rumos e, principalmente, de evoluir para uma rede que realmente promova negócios e dê sustentabilidade técnica e financeira para quem investir na produção de material propagativo de qualidade, que é o pilar do Reniva”, afirma o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia, Aldo Vilar. O Reniva tem sido considerado modelo de projeto em rede pela Embrapa Sede.

Programação
O primeiro dia contou com apresentações dos coordenadores do Reniva, de representantes das instituições parceiras, entre as quais a Superintendência Federal de Agricultura (SFA-BA), a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR-BA) e o Instituto Biofábrica de Cacau (IBC), que vem realizando o trabalho de multiplicação do material propagativo, além dos colegas das Unidades de outros estados: Embrapa Tabuleiros Costeiros (SE), Embrapa Meio-Norte (PI), Embrapa Algodão (PB), Embrapa Milho e Sorgo (MG), Embrapa Agroindústria Tropical (CE), Embrapa Cocais (MA), Embrapa Semiárido (PE), Embrapa Pesca e Aquicultura (TO), Embrapa Amazônia Oriental (PA) e Embrapa Produtos e Mercado (Escritório de Dourados, MS). Havia também na plateia representante da Embrapa Arroz e Feijão (GO), que veio interessado em levar o Reniva para o estado de Goiás.

Já o segundo dia começou com as apresentações de Aldo Vilar e de Fernando Amaral e Patrícia Bustamante, do Departamento de Transferência de Tecnologia., sediado em Brasília. Na plateia, potenciais parceiros, como representantes do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), do Banco do Nordeste (BNB) e de empresas privadas, como a Polímata (assistência técnica e extensão), Vivetech (produção de mudas) e Fibria (produção de celulose), já parceira do Reniva no Mato Grosso do Sul. Em seguida, os participantes se dividiram em três grupos na oficina “Diretrizes para o novo projeto Reniva”, que envolveu os temas: extensão, assistência técnica, melhoramento, sanidade, genótipos, financiamentos públicos, material propagativo, legislação, maniveiros, comunicação, adoção e impactos. O último dia foi dedicado à visita técnica, em Marcionílio Souza (BA), à propriedade de Rozildo dos Santos, primeiro produtor de manivas-semente, figura nova na cadeia produtiva da mandioca, criada pelo Reniva, batizada de “maniveiro”.

O supervisor do Setor de Gestão de Transferência de Tecnologia (STT), Herminio Rocha, que coordena o Reniva junto com o analista Helton Fleck, diz que o workshop promoveu a melhor articulação entre os diversos integrantes da rede. “Serviu para que eles pudessem se conhecer melhor, colocar seus anseios, tudo que eles vivenciaram em termos de dificuldade e ao final delineamos as estratégias para um novo projeto que pudesse não só avançar no Reniva, mas contornar essas limitações e dificuldades vivenciadas desde 2011 até o momento”, observa Herminio.

Aldo concorda que o evento atingiu plenamente o objetivo, de forma a identificar os principais gargalos de uma rede ampla e complexa, que lida com uma cadeia também complexa, que é a da mandioca, e vulnerável exatamente no que se refere ao fornecimento de material propagativo. “Cada grupo fez sugestões de como devem ser os objetivos, as estratégias e os potenciais resultados de um novo projeto. Ideias interessantes foram identificadas, como ter cada vez mais maniveiros estruturados, profissionais, provavelmente não muitos, para que possamos definir efetivamente o maniveiro que siga o padrão Reniva. Outro aspecto que surgiu fortemente é a necessidade de garantia de assistência técnica, para orientar e acompanhar as ações. No fim do evento, acordamos de trabalhar o Reniva em uma estrutura de modelo de negócio. Levamos para análise dos grupos o modelo definido no ano passado, com a ajuda do Instituto Euvaldo Lodi [IEL]. Eles avaliaram e fizeram ajustes. A tarefa agora é fazer uma análise de pertinência para definir como será esse novo projeto, e que os parceiros possam sair para captar recursos.”

Ele frisa outro aspecto importante, trazido por Patrícia Bustamante, gestora do Macroprograma Transferência de Tecnologia e Comunicação — macroprograma é um mecanismo de organização e indução da carteira de projetos por temas, visando garantir a qualidade técnico-científica e o mérito estratégico da programação de pesquisa da Embrapa: o Reniva ser utilizado como instrumento de proteção à biodiversidade. “Ficou claro que o Reniva pode sim ajudar cada vez mais a resgatar materiais crioulos e não só investir em materiais melhorados pela Embrapa ou qualquer outra instituição. A ideia é manter esses materiais crioulos em coleções ou banco para que retroalimentem a cadeia. Com isso valorizamos a diversidade e trazemos novas oportunidades de negócios”, acrescenta Aldo.

A expectativa é que a cultura ganhe em produtividade nas diferentes regiões. “Não é só gerar produtividade, mas também dar vazão para essa oferta que vai surgir. Essa produtividade tem que ir para algum lugar, tem que ser aproveitada, ir para as agroindústrias, entrar na cadeia de negócio da mandioca”, completa o chefe de TT.

Atuação ampliada

O Reniva atua predominantemente nas regiões Nordeste e Centro-Sul do país. Tem ações também no Norte, no estado do Tocantins, e vai começar a ser desenvolvido no Pará. Entre os participantes do evento, estava o assessor da Chefia-Adjunta de TT da Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA), o analista João Paulo Both, que veio interessado em discutir as bases para levar o Reniva para o estado. “Já há alguns anos a gente escuta falar do Reniva. Com a ida dos colegas daqui, no início do mês, fizemos reunião envolvendo a pesquisa, transferência, um parceiro externo, pessoal da área de contratos etc., conversamos e achamos por bem, por conta da demanda e da amplitude que o Reniva está tendo, participar desse evento e voltar com ações efetivas. A Embrapa Amazônia Oriental quer liderar plano de ação lá para o estado, porque potencial a gente tem”, informa Both.

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