Município de Herval d’Oeste, SC, propriedade da família Prigol. Fomos conhecer uma plantação de alfafa que segue todas as recomendações técnicas para o cultivo dessa forrageira, tão valorizada para a dieta dos animais. Um bom exemplo de como a profissionalização e a adoção de tecnologias são fundamentais para aumentar os rendimentos no campo. A propriedade está localizada a 1.100 metros de altitude. O agricultor Casemiro Prigol dedica-se, diariamente, aos 12 hectares de plantação de alfafa. Por ano, são recolhidos 120 mil quilos da forrageira em 7 cortes ao longo dos 12 meses.
Essa nobre leguminosa perene, com cerca de 26% de proteína bruta, mostra seu valor na hora da venda. S. Casemiro comercializa o quilo da alfafa com preço que varia entre R$ 1,30 a R$ 1,50 em época de entressafra. Mas esse bom rendimento no bolso do produtor só veio mesmo depois da introdução de maquinários e tecnologias adaptáveis para o manejo da plantação. “Hoje eu estou satisfeito porque é uma cultura que sinto ânimo de trabalhar, principalmente com a estrutura e maquinário que temos. Isso facilita muito em comparação aos anos anteriores”, lembra S. Casemiro. Segundo ele, “não falta comprador, falta é produto para tanta demanda”.
Com origem Árabe, o nome alfafa significa “o melhor alimento”. A folhagem vive normalmente de 4 a 8 anos, dependendo da espécie e do clima. É bastante resistente às secas. Além da proteína, é rica também em cálcio, fósforo e nutrientes digestíveis totais. É isso que a torna um alimento completo aos animais. Mas é importante que os processos de plantio, cultivo, colheita e armazenagem sigam as orientações específicas da alfafa. Isso vai assegurar a qualidade até o destino final. O extensionista rural da Epagri, Itamar Terencio da Silva, explica porque a propriedade da família Prigol é um ótimo exemplo de unidade de produção. “Essa família está na atividade já por várias gerações e busca as inovações tecnológicas. Eles já passaram por todas as dificuldades de quem trabalha com alfafa, mas hoje a propriedade é considerada um modelo de produção para pequenas propriedades com topografia acidentada”, destaca Itamar.
A Epagri tem papel fundamental no município com relação à cultura da alfafa. O trabalho de assistência técnica envolve as orientações na implantação, preparo do solo, projetos de financiamento para equipamentos e estrutura de produção, além da organização dos produtores e fortalecimento das associações. Tudo isso ajuda Herval d’Oeste a manter o título de capital catarinense da alfafa.
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